Sobral de Monte Agraço lidera o poder de compra no Oeste

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Gazeta das Caldas
Caldas da Rainha é o segundo concelho do Oeste com maior poder de compra

Sobral de Monte Agraço tirou a liderança às Caldas como concelho do Oeste com maior poder de compra, segundo um estudo divulgado pelo INE. Este concelho próximo de Lisboa está pela primeira vez acima da média nacional. Apesar de perder a liderança, Caldas foi um dos quatro concelhos do Oeste que aumentaram a pontuação no Estudo do Poder de Compra Concelhio (EPCC).

O estudo divulgado pelo INE no passado dia 9 de Novembro é relativo aos dados económicos e financeiros de 2015 e refere que o poder de compra dos caldenses continua próximo da média nacional, mas ainda abaixo desta, com 98,25%. Verificou-se uma ligeira melhoria em relação ao estudo relativo a 2013, em que o poder de compra dos caldenses era de 98,1% da média nacional, mas muito longe do melhor resultado que foi em 1993 com 110,7% da média nacional.
Nas oito edições do EPCC, Caldas liderou o Oeste em seis delas. Só em 2009 Arruda dos Vinhos tinha conseguido melhor, então com 99% contra os 98,7% das Caldas. No estudo divulgado no início deste mês foi Sobral de Monte Agraço que conseguiu o melhor resultado entre os 12 concelhos oestinos, com um poder de compra superior à média nacional, com um resultado de 103,09%. Com este resultado, este concelho conseguiu uma surpreendente entrada no top 30 nacional, no 26º lugar. O ranking é liderado por Lisboa, onde o poder de compra é 241,54% da média nacional, seguido do Porto, com 161,43%. Apenas 33 concelhos conseguiram um índice acima da média nacional.
Voltando ao Oeste, Caldas – que surge em 38º a nível nacional – intromete-se num top 5 dominado por concelhos do distrito de Lisboa e é o único que pertence ao distrito de Leiria que se aproxima da média nacional. Também é um dos poucos que melhoraram o seu índice em relação ao estudo que utilizou os dados de 2013, juntamente com Sobral de Monte Agraço, Alcobaça e Bombarral.
Na cauda desta listagem a Oeste surge Óbidos, com um índice de 77,31%, e o Cadaval, com 71,31%. Óbidos ficou ainda acima do meio da tabela a nível nacional, em 148º lugar.
A região Oeste no seu conjunto tem um poder de compra equivalente a 88,92% da média nacional.
Alargando a listagem ao distrito de Leiria, apenas a capital entra nos concelhos com poder de compra acima da média nacional (102,92%), Marinha Grande surge em segundo lugar (99,33%) e Caldas fecha o pódio. Nos concelhos do distrito que não integram a região Oeste, todos pioraram os seus índices, à excepção de Castanheira de Pêra.
O estudo tem em conta factores como o rendimento declarado de pessoas singulares, o valor de compras e levantamentos realizados em terminais automáticos separados por movimentos nacionais e internacionais, a população residente, a aquisição de automóveis por morada do adquirinte, o volume de negócios da restauração e do comércio a retalho excluindo automóveis e combustíveis, e os valores colectados de IMI e IMT per capita.
Do valor apurado por município é depois separado o índice per capita, que é o apresentado na análise acima e que se refere aos residentes no próprio município, e o factor de dinamismo relativo (FDR). Este factor reflecte o poder de compra de manifestação irregular, que mede a proporção do poder de compra dos fluxos turísticos em relação ao dos locais.
Neste aspecto, Nazaré e Óbidos assumem especial destaque liderando claramente no Oeste e surgindo no top nacional respectivamente em 12º e 13º lugar. Na Nazaré o FDR é de 1,776 e em Óbidos é de 1,610. Nas Caldas, por comparação, o valor apurado foi de -0,142.
À frente de Nazaré e Óbidos neste factor estão apenas municípios do Algarve, à excepção de Gândola.

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