O Museu da Lourinhã entrou em layoff a 6 de Abril, depois de as portas terem sido encerradas desde 14 de Março.
Os contratos de trabalho de cinco funcionários estão suspensos de forma total e um apenas de modo parcial, com cortes nos salários a rondar os 30%.
O encerramento deve-se à situação actual de pandemia e de Emergência Nacional e obrigou ao cancelamento das visitas escolares e de outras iniciativas.
“O Museu da Lourinhã não escapa a esta situação, defrontando-se com um rol de dificuldades que o obrigou a avançar para o Lay-off, mas não chega”, refere à Gazeta das Caldas a presidente da direcção da associação sem fins lucrativos – e com estatuto de utilidade pública – que tutela o museu (o Grupo de Etnografia e Arqueologia da Lourinhã – GEAL), Lubélia Gonçalves.
A mesma responsável realçou a imprevisibilidade desta situação e esclareceu que os salários de Março foram pagos.
O museu já apresentava quebras nas receitas nos últimos dois anos, devido à transferência de grande parte do espólio para o Parque dos Dinossauros, que abriu as portas em 2018.
Face a 2016, antes da transferência, registavam-se, em 2019, quebras de 50% no número de visitantes e nas receitas de bilheteira.
Mas essas quebras estavam previstas quando foi celebrado o protocolo. Diferente é a situação actual, face à imprevisibilidade e à dimensão dos factos.
O museu, que foi fundado em 1984, tem um orçamento anual superior a 200 mil euros, sendo que cerca de metade se destina a pagamentos de salários.
As receitas que o museu recebe por cada visitante do Dino Parque, ao abrigo do tal protocolo, foram investidas em projectos de investigação paleontológica.
Para fazer face a esta delicada situação, o GEAL lançou uma campanha a pedir donativos à população.
Lubélia Goçalves apelou “à colaboração de todos, dentro do possível”, recordando que a associação que gere o espaço museológico tem na sua génese essa vontade de participação da população.
O museu apela a que a população se torne sócia da associação e que aqueles que já são associados regularizem as suas cotas.
Outra das medidas para ajudar o museu é adquirir produtos da loja virtual do museu.
Por outro lado, o GEAL apela também à generosidade de mecenas que possam ajudar nesta época complicada. “Temos alguns mecenas, especialmente que contribuem com material ou equipamentos quando necessitamos”, realçou.
Este ano, pela primeira vez, é também possível fazer donativos para o museu através do IRS.
Apesar de o apelo ser ainda muito recente, a presidente da direcção do Grupo de Etnografia e Arqueologia da Lourinhã, Lubélia Gonçalves, revelou à Gazeta que, de imediato, houve sócios a querer regularizar as suas cotas.
Museu da Lourinhã entrou em layoff e pede apoio
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