Em Março os pagamentos e levantamentos na rede multibanco registaram uma quebra 17,6% nas Caldas da Rainha em relação ao mesmo mês de 2019, menos 6 milhões de euros. No Oeste as perdas já ultrapassam os 22 milhões de euros no mesmo período.
A quebra no consumo é uma das consequências mais severas para a economia nesta fase de confinamento e encerramento das fronteiras provocada pela pandemia do novo coronavírus. À medida que o tempo passa vão surgindo dados que atestam essas quebras e um deles é o dos movimentos na rede multibanco.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, a rede multibanco movimentou no passado mês de Março – quando foram tomadas as primeiras medidas em Portugal de combate à pandemia – menos 22,3 milhões de euros no Oeste em relação ao mesmo mês do ano passado, e menos 24,5 milhões de euros em relação a Fevereiro deste ano, o que corresponde a um decréscimo de 11,4% e 12,3%, respectivamente. Esta é uma realidade à qual não escapa nenhum dos seis concelhos da região localizados mais a norte.
Destes concelhos, Caldas da Rainha é o que mais movimenta capital na rede automática de pagamentos e levantamentos, num total de 28,5 milhões de euros.
As quebras em relação ao mês homólogo atingem perto dos 6,1 milhões de euros, ou 5,4 milhões de euros quando comparado com Fevereiro deste ano, o que se trata de uma verba bastante significativa, tendo em conta que a economia abrandou sobretudo na segunda quinzena do mês.
Em proporção, a Nazaré é o concelho com uma descida mais acentuada, situada acima dos 26%.
Numa região fortemente marcada pelo turismo, há ainda a destacar que os pagamentos feitos por estrangeiros, que caíram na ordem dos 23,5% na região em relação ao mês homólogo. Em Óbidos, onde os pagamentos realizados por estrangeiros representaram cerca de 25% do total em Março do ano passado, as quebras são mesmo próximas dos 50%, enquanto em Peniche e na Nazaré rondam os 40%.


































