Em tons de azul e branco se pintou a sala do café-concerto do CCC na passada sexta-feira, à hora de jantar. Com cachecóis, camisolas e bandeiras do Futebol Clube de Porto e ao som de músicas do clube, com vídeos de momentos de glória europeia, o jantar de Natal dos Dragões do Oeste contou com 120 pessoas. A delegação tem nova sede: saiu da Rua das Montras e foi para a Rua do Funchal.
O jantar de Natal dos Dragões do Oeste levou 120 pessoas a celebrar o seu portismo na passada sexta-feira, no Sons, Tons e Sabores. À mesa, cada uma com o nome de um craque portista, conversava-se, claro, acerca do Porto. Recordavam-se histórias, idas ao estádio, jogos, golos… Lembrava-se o passado, discutia-se o presente (como as opções do treinador) e perspectivava-se o futuro.
Já depois do jantar, Luís Teixeira recordou a criação da delegação, uma ideia que remonta ao ano 2000 e que foi lançada em Abril de 2003. Oito meses depois era inaugurada com a presença de Pinto da Costa. Lembrou que nos últimos 11 anos têm sido organizados jantares de Natal.
Fez notar que com frequência é esquecido “que é mais difícil ser portista a 300 quilómetros do Porto” e contou que em 2017 pretendem realizar um conjunto de palestras técnico-científicas abertas a todos e indigitar representantes em cada um dos 14 concelhos que abrange a associação.
Luís Teixeira recordou que após um fulgor inicial que fez chegar o número de associados às duas centenas, “seguiu-se um período de manifesto desânimo”.
Foi para “contar novamente com a colaboração de todos aqueles que se tinham afastado, bem como para cativar novos sócios” que foi mudada a sede. “Permitiu uma redução subtancial de custos, mas também uma melhor acessibilidade porque se situa num rés-de-chão enquanto a anterior se localizava num terceiro andar, sem elevador”, realçou.
João Sousa, presidente da Direcção entregou lembrança ao Rui Quinta
O presidente da direcção, João Sousa, disse que a sede “é um espaço acolhedor” e agradeceu à equipa que o tem acompanhado. Tendo em conta o momento em que o FCP se encontra, salientou a presença de mais de uma centena de pessoas na sala, porque “é muito mais fácil fazer isto sobre vitórias”.
A terminar mostrou-se orgulhoso porque a delegação passou a ter os seus dois símbolos: o hino e a bandeira.
O convidado da noite, Rui Quinta – que foi adjunto de Vítor Pereira nos dois anos que o treinador passou no Porto -, disse que “trabalhar no Porto foi concretizar alguns sonhos de criança como ser campeão nacional e descer a avenida dos Aliados no autocarro”.
O treinador que agora está sem clube, depois de ter voltado ao Penafiel (de onde tinha saído para ser número dois no Porto), mostrou “alguma nostalgia” porque depois de terem sido campeões, o título não voltou ao Dragão.
Acusou a comunicação social de ser responsável pela má imagem de Vítor Pereira junto dos adeptos. “Foi talvez o mais vencedor e o mais mal amado”, defendeu Rui Quinta, que não deixou as Caldas sem recordar o histórico minuto 92. “Não fazia ideia de que aqui próximo do território do rival houvesse tantos portistas”, confessou. E ouviu-se a sala a gritar: “Porto”.
Antes, no fim do repasto, houve uma sessão de música com o acordeonista Coelho, que fez os mais novos dançarem. Seguiu-se um sorteio de rifas em que os prémios eram um cachecol, uma garrafa de vinho do pentacampeonato e uma camisola do FCP. O lucro revertia a favor de obras na sede.
O próximo evento é em Março, no jantar de aniversário que terá a presença de Pinto da Costa.