O porto de Peniche vai sofrer três intervenções que totalizam um investimento de praticamente dois milhões de euros. O quebra-mar será prolongado, o porto será dragado e a estação de captação de água salgada requalificada. Junto ao porto (que tem a lota que mais facturou a nível nacional no último ano), será ainda instalado o SmartOcean, um parque para empresas ligadas ao mar que custará 3,5 milhões de euros.
Isaque Vicente
ivicente@gazetadascaldas.pt
O porto de Peniche vai ser alvo de três intervenções que totalizam um investimento de praticamente dois milhões de euros. O objetivo é dotar de melhores condições de navegabilidade e segurança aquele que é o porto com a lota que mais factura a nível nacional – 34 milhões de euros em 2018 na comercialização de quase 12 mil toneladas de diferentes espécies pescadas.
A maior intervenção, em termos monetários, é o prolongamento do quebra-mar interior do porto de Peniche, que custará cerca de 1,1 milhões de euros e que foi consignada a 1 de Agosto, numa visita aquela cidade da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.
O objectivo é prolongar o quebra-mar em 140 metros e reabilitar a estrutura que já existe. Com esta empreitada, melhoram-se as condições de abrigo das bacias de estacionamento da frota artesanal de pesca.
A obra – que deverá prolongar-se por cinco meses – prevê a instalação de um pavimento pedonal nos primeiros 75 metros, com iluminação e mobiliário urbano. Outra novidade será a colocação de um farolim de alimentação autónoma.
DRAGAGENS AVANÇAM
Mas havia um grande problema naquele porto que estava por resolver e para o qual a própria autarquia já havia chamado a atenção. Trata-se do assoreamento à entrada da barra do porto.
Esse problema também irá ficar – espera-se – resolvido, com a dragagem de 113 mil metros cúbicos de areia. O concurso público para a dragagem já foi lançado e a obra deverá demorar quatro meses e custar 792 mil euros.
Esta intervenção será fundamental para restaurar as condições de segurança em termos de navegação.
Em Janeiro deste ano a Câmara de Peniche reivindicou a esta dragagem alertando que “a circulação de navios de considerável dimensão e calado, em função da actividade dos Estaleiros Navais de Peniche, reforça ainda mais a necessidade de resolução deste problema que se agrava diariamente, com inerentes riscos para pessoas e bens”.
A ministra do Mar aproveitou a visita e assinou também a consignação da empreitada de reabilitação da estação de captação de água de salgada, que custará 195 mil euros.
SmartOcean – a tecnologia na economia do mar
A ida da ministra a Peniche serviu também para a apresentação do SmartOcean, um parque empresarial para firmas ligadas à investigação e à economia do mar que deverá começar a ser construído em 2020 junto ao porto.
Este é um projecto que custará 3,5 milhões de euros e que é promovido pelo Instituto Politécnico de Leiria (IPL), Câmara de Peniche, Docapesca e Biocant (um parque de biotecnologia em Cantanhede).
O objectivo é juntar a investigação científica e a economia, aproveitando o facto de a cidade ter uma escola superior onde se lecciona, por exemplo, Biotecnologia, Aquacultura e Turismo.



































