A DGAV determinou o confinamento de aves domésticas devido ao risco elevado de gripe aviária
A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) determinou o confinamento obrigatório de aves domésticas e em cativeiro em 95 zonas de 14 distritos do país, entre os quais Leiria e Lisboa, abrangendo freguesias das Caldas da Rainha e de Óbidos.
Nas Caldas da Rainha as freguesias consideradas zonas de alto risco para a gripe aviária são as do Nadadouro, Salir de Matos, as uniões de freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, a de Santo Onofre e Serra do Bouro e a de Tornada e Salir do Porto. Em Óbidos, estão classificadas as freguesias da Amoreira e do Vau e a união de freguesias de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa.
A decisão surge na sequência da identificação destas localidades como zonas de alto risco de gripe aviária, devido ao aumento da circulação do vírus entre aves selvagens e domésticas. O confinamento, que visa evitar o contacto entre aves de capoeira e aves selvagens, aplica-se a todas as explorações, incluindo as de pequena escala e caseiras.
De acordo com a DGAV, “as aves de capoeira e aves em cativeiro detidas em estabelecimentos, incluindo detenções caseiras, localizadas nas freguesias incluídas na lista das zonas de alto risco deverão ser confinadas aos respetivos alojamentos”.
Além das Caldas da Rainha e de Óbidos, o mapa das zonas de alto risco no Oeste inclui ainda freguesias nos concelhos de Alcobaça (Alfeizerão, São Martinho do Porto e a União das freguesias de Pataias e Martingança), Nazaré (Famalicão e Nazaré), Peniche (Atouguia da Baleia, Ferrel e Peniche), Lourinhã (Ribamar e União das freguesias de Lourinhã e Atalaia) e Torres Vedras (Ramalhal, São Pedro da Cadeira, Silveira, União das freguesias de A dos Cunhados e Maceira).
O risco de disseminação da gripe das aves é considerado elevado, segundo a DGAV, que alertou para a necessidade de reforçar as medidas de biossegurança. O número total de focos detetados em Portugal este ano chegou já aos 31, sendo os mais recentes registados em Oliveira do Bairro (Aveiro) e na Chamusca (Santarém).
As zonas agora sujeitas a restrição sanitária deverão manter o confinamento até meados de dezembro, enquanto se monitoriza a situação.
A gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa, que pode causar mortalidade muito elevada entre aves domésticas e selvagens. A DGAV recorda que, além do impacto sanitário, a presença do vírus obriga à suspensão da comercialização de aves vivas e produtos derivados, podendo também afetar as exportações.
Nas áreas de proteção e vigilância, continuam proibidas a circulação de aves, a realização de feiras e exposições, e o repovoamento com espécies cinegéticas, entre outras restrições.
A DGAV, que integra a administração direta do Estado, apela à colaboração dos criadores e proprietários de aves na aplicação rigorosa destas medidas, fundamentais para conter a propagação da gripe aviária em Portugal.































