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Começou mal o mês de Setembro na região Oeste, com uma série de grandes incêndios nos concelhos do Bombarral, Caldas da Rainha e Óbidos, a terem lugar nos dias 1 e 2.
No sábado, cerca das 13h30, os bombeiros das Caldas acorreram a um incêndio entre Vidais e Alvorninha que viria a tornar-se o maior fogo florestal do concelho neste Verão.
Quando foram chamados os bombeiros, o incêndio já ameaçava uma casa, mas os soldados da paz conseguiram evitar o pior e, apesar da GNR ter evacuado algumas habitações por precaução, não chegou a arder nenhuma residência.
Só no domingo este incêndio foi dado como extinto, apesar de antes ter sido dado como dominado por duas vezes. O comandante dos bombeiros das Caldas, José António Silva, destacou o facto das condições climatéricas, com o calor, falta de humidade e vento forte, terem contribuído para as proporções que o fogo tomou. “Estávamos a combater o incêndio num local e quando dávamos por isso, estava a arder 200 metros à frente”, contou o responsável.
Durante algum tempo, os bombeiros tiveram que, praticamente, deixar arder uma determinada área, “para que pudéssemos salvaguardar as casas que estavam em perigo na Ribeira de Crastos”.
No domingo estiveram no local a fazer vigilância activa, para evitar que os reacendimentos tomassem grandes proporções. “Continuava a arder no meio da área que já tinha ardido, mas isso não era muito preocupante para nós”, explicou. Terão ardido cerca de 90 hectares de floresta, numa ocorrência em que estiveram 134 bombeiros, 38 viaturas e um helicóptero.
Segundo José António Silva, só no concelho das Caldas houve mais cinco pequenos incêndios florestais a 1 de Setembro. Um desses fogos, nos Casais da Marmaleira (Landal), foi extinto pelos populares, evitando que fossem desviados para o local mais meios dos bombeiros.
Na noite do dia 2 voltou a haver um incêndio ao princípio da noite junto a Salir do Porto, que foi rapidamente dominado.
Para além disso, os bombeiros caldenses ajudaram no combate do grande fogo que houve no Planalto das Cezaredas, em Óbidos, no dia 1. Este incêndio foi combatido por 275 bombeiros e três meios aéreos, tendo a frente de fogo percorrido vários quilómetros até ao concelho da Lourinhã. Uma extensa nuvem de fumo cobriu os céus nos concelhos de Bombarral e Lourinhã, tendo, inclusivé “cortado” o sol às praias a sul do Cabo Carvoeiro.
A 2 de Setembro o caso mais complicado foi no concelho do Bombarral, onde um fogo esteve perto de várias casas em Estorninho. Os populares foram incansáveis a ajudar os bombeiros e, em alguns casos, a colaborarem entre si, sozinhos, para evitar que o fogo se propagasse. Durante o combate, um bombeiro sentiu-se mal e foi transportado para o hospital das Caldas pela ambulância do INEM. Segundo a GNR, que deu apoio no local, terão ardido 10 hectares de mato (pinheiros e eucaliptos).
Os bombeiros da região também têm estado a ajudar a combate outros fogos de grandes dimensões, nomeadamente em Ourém, Tomar e Alvaiázere.
P.A.
