
A afluência ao certame superou as expectativas e com a divulgação através de vários canais televisivos, tanto no ano passado como neste, a mensagem passou bem para lá das fronteiras da região, com visitantes a chegarem do Porto e de Setúbal, segundo informou António Almeida, presidente da Junta de Freguesia do Landal.
Não é fácil contabilizar o número de pessoas presente, até porque as entradas não foram controladas, mas o aumento de adesão confirma-se com o aumento de codornizes consumidas, que subiu de cerca de 3 mil em 2012 para mais de 5 mil este ano.
“Foi um sucesso, talvez maior do que esperámos”, confessa António Almeida, presidente da Junta de Freguesia do Landal.
Sucesso que acabou por levantar também alguns problemas, relativos à lotação do espaço, o que fez com que alguns dos visitantes tivessem de esperar mais de uma hora para ter mesa.
“Sabemos que é desagradável para quem vem de longe ainda ter que esperar tanto tempo e pedimos desculpa por isso”, disse o autarca à Gazeta das Caldas.
Um problema que o presidente espera ultrapassar na próxima edição com alguns ajustamentos, que podem passar pela ampliação do espaço de restauração, a criação de mais uma tasquinha, mais balneários e a colocação de mais quatro grelhadores.
“Não podemos deixar fugir esta oportunidade de promover os nossos produtos pois temos que criar as condições para dar resposta adequada às pessoas que nos visitam e dar maior dimensão ao evento”, referiu António Almeida.
Para além da cordoniz, o evento serve também para promover a pêra rocha, o pão-de-ló do Landal e a água pé nova, produtos também com tradição na freguesia.
Para além dos stands das colectividades, que desde o primeiro festival ali desempenham uma função importante na confecção de iguarias variadas com aqueles ingredientes principais, este ano o festival contou também com a presença do pólo das Caldas da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste.
Os chefes e alunos daquela instituição deram a estes ingredientes uma abordagem mais gourmet.
Codornizes valem um milhão de euros
O Landal é uma freguesia rural, que tem na produção de codorniz e de pêra rocha os principais sectores da economia, em partes idênticas, seguidos da floresta.
A produção de codorniz é coordenada através da empresa Manuel Louro Miguel, Herdeiros, Lda, que produz, abate e comercializa as aves. Directamente estão ligados 27 trabalhadores a esta empresa, mas a actividade dá rendimento a cerca de 100 famílias na freguesia.
O matadouro fornece as aves, a ração, abate e comercializa. As famílias cedem o espaço e o trabalho e são recompensadas mediante a qualidade do produto final.
A empresa, que facturou cerca de um milhão de euros em 2012, espera aumentar a facturação este ano, “mas porque o 2011 e 2012 foram péssimos”, salienta António Vito, sócio gerente.
O empresário conta que chegou a vender mais do dobro, mesmo quando havia mais empresas concorrentes. António Vito aponta a falta de poder de compra como principal obstáculo ao crescimento do sector.
“O frango acaba por ficar mais barato e as pessoas comem o que podem, e não o que gostam”, observa, acrescentando que o consumo per capita de codorniz deverá rondar a unidade por ano, enquanto o frango ultrapassa os 30 quilos por ano.
O empresário diz que a estratégia de promoção se tem baseado em distribuição de panfletos com receituário. “A margem que temos na venda das aves são cêntimos, não podemos adoptar campanhas publicitárias que iriam consumir a margem que temos”, referiu.
A produção de codorniz no Landal representa cerca de 70% da produção nacional, e apenas cerca de 5% tem como destino mercados internacionais.
Na pêra rocha, a freguesia tem perto de 40 produtores, que injectam no mercado cerca de 4 mil toneladas de pêra por ano.
Joel Ribeiro
jribeiro@gazetadascaldas.pt
































À segunda só cai quem quer.
Não me apanham lá mais nos festivais da coderniz, nem aconselho a ninguém.
O mundo anda cheio de promessas, precisa é de surpresas.