
A afluência de visitantes à Aljubarrota Medieval “superou as expectativas” da organização. Quem o diz é a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Alcobaça, Mónica Baptista, que acredita que os primeiros dias em nada saíram beliscados com a concorrência das feiras medievais de Óbidos e Santa Maria da Feira, que decorriam em simultâneo.
Em tempos de crise, os vendedores que ali levaram os seus artesanatos, doces, compotas e produtos da terra, entre muitos outros produtos, não escondiam alguma quebra nas vendas. A contenção reflectiu-se ainda no orçamento da feira medieval, que este ano rondou os 23 mil euros. “Estivemos bastante tempo para ver se fazíamos ou não esta feira”, diz a vereadora, salientando os constrangimentos que a Lei dos Compromissos traz às autarquias. Ainda assim, a Câmara de Alcobaça decidiu “investir em algo que tem resultado bem” e insistiu na gratuitidade do evento, que “é ponto assente”.

Menos dinheiro, não significa obrigatoriamente menos qualidade. A animação voltou a ser garantida pela Associação Companhia Livre, da qual Mónica Baptista salienta o “esforço grande para trazer inovação” ao evento. Já as tasquinhas, onde não faltaram os grelhados, a sangria, as filhós e o café d’avó, foram asseguradas por sete instituições e associações locais.
“Podemos orgulhar-nos, além da componente histórica cuja importância é inegável, de sermos um dos poucos municípios que aposta numa recriação de uma feira medieval com entrada livre”, afiança a responsável que defende que “não devemos trazer aos visitantes encargos acrescidos”. Mónica Baptista acredita que esta é uma das características pelas quais a recriação que todos os anos comemora o aniversário da Batalha de Aljubarrota tem conquistado visitantes fiéis e muitos turistas que se rendem à música de outros tempos e à boa disposição de figurantes e locais. Nas ruas empedradas da vila medieval ouviam-se, entre muita animação, falar inglês, francês, alemão, entre outras línguas.
Por isso mesmo, Mónica Baptista defende que os moldes em que se realiza a Aljubarrota Medieval se devem manter. “Em equipa que ganha não se mexe”, diz a vereadora, apontando a estreita colaboração das juntas de Prazeres e São Vicente de Aljubarrota, bem como das populações locais, fundamentais para o sucesso da iniciativa que este ano decorreu entre 11 e 15 de Agosto.
Joana Fialho
jfialho@gazetadascaldas.pt

































