Bruno Sant’Anna foi o grande vencedor do ITF Futures

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Ramiro Martins (Clube Ténis Caldas), Bruno Sant’Anna (vencedor), João Domingues (vencido) e representante da Physioclem

 Bruno Sant’Anna foi o grande vencedor do ITF Futures Caldas da Rainha, torneio de ténis que decorreu na cidade na passada semana (entre 3 e 10 de Maio). O tenista brasileiro venceu João Domingues na final, por 7-6 e 6-2. O torneio, que trouxe cerca de 120 atletas de vários países (entre os quais Espanha, França, Brasil, Estados Unidos da América, Chile, Bélgica, Áustria, Equador e Madagáscar), esteve em risco de não se realizar, devido às condições meteorológicas adversas, que obrigaram à mudança de data, local e tipo de piso.

O Open Internacional das Caldas aguentou as adversidades e realizou-se contra a chuva e vento. Dos campos de ténis do Parque, a prova passou para os courts cobertos ao lado do Complexo Desportivo, tendo os quartos, as meias e a final sido realizadas na segunda-feira. Para além da mudança de data e de local, alterou-se o piso: de pó de tijolo, os atletas passaram para piso rápido.
Com tantas mudanças, o último dia de torneio só terminou já passava da uma hora da madrugada, com a entrega dos prémios, tendo a final sido marcada para as 23h00.
No total o torneio tinha um prémio monetário de 10 mil dólares (perto de nove mil euros), sendo que o vencedor dos singulares masculinos recebeu cerca de 1100 euros e o finalista vencido metade desse valor. Os prémios dos pares masculinos não foram distribuídos, uma vez que a prova não se realizou (devido às condições meteorológicas).
Mas, mais importante que o dinheiro, o torneio atrai tenistas de todo o mundo porque aqui podem pontuar para o ranking mundial.
Guilherme Osório e Victor Poncelet foram os atletas do Clube de Ténis das Caldas que mais longe foram na prova (quartos de final).
O vencedor Bruno Sant’Anna bateu o português João Domingues na final, num jogo em que, apesar do cansaço visível nos atletas, proporcionou um bom espectáculo aos espectadores que resistiram à chuva.
O tenista brasileiro veio pelo segundo ano consecutivo ao torneio caldense. “Portugal encantou-me”, disse, contando que o ano passado, quando veio pela primeira vez às Caldas, se sentiu “o mais perto de casa possível: a comida é muito boa, muito parecida, o idioma é o mesmo e o povo português trata-nos da melhor forma possível, é como se estivesse a jogar em casa, é muito bom para nós”.
Quanto aos problemas causados pelo mau tempo, Bruno Sant’Anna disse que a principal dificuldade nem é a mudança de piso, mas sim o factor psicológico. Ainda assim, elogiou, “a organização e a arbitragem esforçaram-se ao máximo para realizar o evento”.
No primeiro ano veio com o pai, este ano trouxe também a mãe para poderem fazer férias. “A localização das Caldas é muito boa, está perto de tudo e enquanto jogamos a família pode fazer turismo”, concluiu, garantindo que para o ano vai voltar.
Já depois de vencer o torneio explicou que esta vitória “teve um gosto especial, porque o último ano foi muito difícil, com lesões e perda de confiança em mim próprio. O título vem mostrar que sou capaz”.
O evento, que tem um custo estimado de 20 mil euros, foi organizado pelo Clube de Ténis das Caldas, pela mão de Ramiro Martins, presidente do clube, que agradeceu aos patrocinadores, Câmara Municipal das Caldas, Physioclem, Fábrica Bordallo Pinheiro, Águas do Areeiro e hóteis Sana e Rainha D. Leonor.
“Não se costumam terminar torneios quando aparecem intempéries, nós conseguimos concluir devido aos pavilhões, mas foi penoso. Foi muito cansativo, mas chegámos ao fim”, resumiu Ramiro Martins, lamentando ainda que as condições meteorológicas e a mudança de campo tenham afastado o público.

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