A autarquia decidiu adquirir um total de 15 mil kits compostos por uma máscara, um frasco de álcool gel e um manual de instruções de utilização e de comportamentos, que irá distribuir por toda a população. O executivo municipal, liderado por Humberto Marques, deliberou, por unanimidade, na última reunião, estender até ao final do ano as medidas de apoio às famílias e empresas, inicialmente em vigor até Junho, como forma de ajudar a fazer face às dificuldades provocadas pela pandemia da Covid-19.
A partir da próxima semana andarão pelo concelho de Óbidos quatro equipas a distribuir um kit composto por uma máscara, um frasco de álcool gel e um manual de instruções de utilização e de comportamentos, por todos os munícipes. Caso não estejam em casa, os cidadãos poderão depois proceder à recolha na respectiva Junta de Freguesia.
De acordo com o presidente da Câmara, Humberto Marques, esta aquisição está integrada numa compra centralizada para os municípios, por parte da OesteCIM, e que vão recebendo consoante a disponibilidade do mercado tendo em conta que optaram por empresas da região.
Para além disso, a autarquia tem entregue máscaras e outros equipamentos às instituições de solidariedade social.
“Estamos a apoiar as instituições desde a primeira hora para que contratassem pessoas para ter equipas espelho” (uma duplicação de recursos para ter uma equipa 14 dias a garantir os serviços), explica o autarca. Também, no âmbito da prevenção à pandemia da covid- 19, foram realizados, no dia 25 de Abril, 150 testes a todos os funcionários de lares e do serviço de apoio domiciliário, assim como a bombeiros voluntários. A autarquia fez um ajuste directo com um laboratório e pagou integralmente o custo dos testes, que resultaram todos negativo. Humberto Marques enfatiza o papel da delegada de saúde, Fátima Pais, que coordena o grupo de trabalho em Óbidos. “O facto de ser uma médica tem-nos permitido tomar muitas medidas por antecipação”, disse, dando nota dos bons resultados até agora obtidos.
MEDIDAS DE APOIO ATÉ AO FINAL DO ANO
Na última reunião de Câmara o executivo municipal deliberou, por unanimidade, estender até ao final do ano as medidas de apoio às famílias e empresas, inicialmente em vigor até Junho. Este conjunto de decisões tem em vista a mitigação dos efeitos económicos e financeiros provocados pela pandemia da covid-19. Entre as deliberações estão a isenção do pagamento de água a Instituições de Solidariedade Social de Óbidos e associações, até ao final do ano, assim como uma redução da factura da água para empresas. Estas medidas “excepcionais e provisórias”, prevêem a aplicação do preço do “3º escalão das tarifas variáveis relativas aos consumos não domésticos dos 4º e 5º escalão nas facturas da água de todos os utilizadores não domésticos, consumidos de Janeiro até 31 de Dezembro de 2020, apoiando assim todas as actividades económicas e serviços do concelho”.
Segundo o presidente da Câmara, estas medidas “vêm no seguimento da necessidade de conter a crise empresarial instalada, perante os dados divulgados e que apontam, na região Oeste, para um aumento de 10 mil desempregados e 40 mil trabalhadores em lay-off, consequência directa da pandemia”. O autarca considera que é “imperativo apoiar directamente as empresas, sendo a facturação respeitante ao consumo de água uma medida transversal a todas as áreas económicas, com reflexo directo na gestão mensal de cada entidade”.
Humberto Marques diz que o município está a fazer tudo o que tem ao seu alcance e espera que, do lado do governo, possam existir medidas complementares que serão essenciais para a economia, e consequentemente, para as famílias. “Se temos fundos comunitários com uma fraca execução, nesta altura temos que ter, por parte do governo, a capacidade de olhar para esses fundos e alocá-los às empresas, para as socorrer a fundo perdido, com critérios”, referiu à Gazeta das Caldas.
Humberto Marques estima que estas medidas agora aprovadas por todo o executivo tenham um impacto de “vários milhões de euros” nos cofres da autarquia e refere que “será preciso fazer escolhas e, provavelmente, ter que congelar alguns investimentos”
