Ninguém duvida que a Feira da Fruta foi um sucesso e que é um evento consolidado e uma verdadeira marca das Caldas da Rainha na animação de Verão da região Oeste.
Durante 10 dias a cidade viveu um bulício constante, com milhares de pessoas nas suas ruas, entre residentes, forasteiros, turistas e simples visitantes da feira. O comércio local, e em particular a restauração, animou-se e havia até pelas noites um certo ambiente de festa entre as pessoas que atravessavam a cidade para se dirigir ao Parque D. Carlos I.
A feira continua a chamar-se feira, mas é óbvio que a venda de fruta (e de outros produtos) não são o seu principal objectivo (ainda assim, houve comerciantes que se manifestaram satisfeitos com a facturação). O principal objectivo é a Frutos constituir-se como uma montra das actividades locais e regionais, a par de um programa de animação que traz milhares de pessoas para frente do palco montado no Parque.
Pode-se discutir o mérito dos concertos no êxito da Feira da Fruta, mas a verdade é que por toda a região, em certames idênticos, o cartaz dos espectáculos dita igualmente o sucesso daquelas realizações.
Zé Povinho acha que as Caldas da Rainha está de parabéns. A Frutos estava bem organizada, teve preocupações ambientais, um bom programa de animação, segurança e um ambiente relaxado e simpático. No fundo, é toda a cidade e o concelho que merecem ser felicitados, com destaque para os empresários e comerciantes que mostraram o pulsar da actividade económica da região. Mas é justo referir aqui o vereador responsável pela organização da feira, o Dr. Hugo Oliveira, a quem Zé Povinho cumprimenta respeitosamente, desejando que continue a esmerar-se nos próximos anos na coordenação deste evento.
A Amazónia é o pulmão do mundo e tem, por isso mesmo, uma importância global. Trata-se de património mundial e da humanidade e de um bem fundamental para a sustentabilidade do planeta, até porque aquela é a maior floresta tropical do globo, com uma biodiversidade ímpar.
Por isso, Zé Povinho não pode deixar de destacar pela negativa Jair Bolsonaro, que rejeitou a ajuda financeira do G7 para combater os incêndios que deflagraram naquela floresta e que se supõem de indústria criminosa. Até porque há toda uma indústria agro-pecuária que ganha com as queimadas e que tem tido por parte do Presidente um indisfarçável apoio.
Bolsonaro diz que duvida das intenções dos países mais ricos e questiona quem é que ajuda o outro sem esperar algo em troca, numa pergunta que revela bastante acerca do seu próprio carácter. Devia, pois, ter uma noção mais realista daquilo que é o seu cargo, que é passageiro, e ter aceitado a ajuda de 20 milhões de euros, oferecidos por países que estão preocupados com as consequências globais dos fogos na Amazónia. É que, acima de egos e jogos políticos, está em causa um bem que é comum a toda a humanidade. As chamas ameaçam espécies – animais e vegetais – que só ali podem ser encontradas enquanto aquele que deveria ser o seu principal defensor rejeita ajuda para as salvar.
Acresce que o número de incêndios no Brasil aumentou 83% este ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Já se registaram 72.953 focos de incêndio até 19 de Agosto, sendo a Amazónia a região mais afectada.
Zé Povinho, que sempre simpatizou com as causas ambientais (mesmo num tempo em que estas eram ignoradas), não pode deixar de se sentir sensibilizado com a desgraça que lhe vê chegar pelas imagens e, por isso mesmo, repudia a (in)acção do político brasileiro.


































