A Semana do Zé Povinho – 24/12/2015

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Apbandera-nacional-colon-artur-filipe-dos-santos copyesar de terem sistemas diferentes – uma Monarquia e uma República – Espanha e Portugal têm uma História muito semelhante, sobretudo nos últimos 80 anos. Ambas viveram décadas sob ditaduras fascistas, ambas recuperaram a liberdade na mesma altura (1974/1975), tendo consolidado as suas democracias nos últimos 40 anos, tendo até aderido à CEE no mesmo dia.
E até na História destas últimas quatro décadas as suas histórias são idênticas, convergindo ambas para um regime bipartidário em que dois partidos se têm alternado no poder. Grosso modo, com PS e PSD num lado e PSOE e PP no outro, os dois países foram governados sobre esta alternância que, a dada altura, começou a fartar os eleitores, traduzida nos elevados níveis de abstenção e, mais recentemente, no emergir de novos partidos ou na preferência manifestada pelos partidos fora do arco do poder.
É que os últimos 40 anos foram também férteis, nos dois países, em escândalos de corrupção e na transformação dos partidos tradicionais em máquinas de poder que passaram mais a servir-se a si e aos respectivos amigos do que em governar os cidadãos. Em ambos assistiu-se também à especulação imobiliária, à corrida desenfreada ao crédito (fomentada pelos próprios bancos), aos investimentos em obras públicas faraónicas, ao estilhaçar de alguns bancos. E (também) por causa disso tudo, ambos os países arcaram com medidas de austeridade que só fizeram aumentar o desemprego e diminuir os salários reais de grande parte da população.
Ao olhar para os resultados das eleições legislativas espanholas do passado Domingo, Zé Povinho constata mais uma similitude com Portugal – desapareceu o sacrossanto reino do PSOE e do PP, que agora são obrigados a partilhar o poder com o Podemos e o Ciudadanos. Lá como cá, acabou-se a soberba dos chamados “partidos do arco da governação”, que agora vão precisar de chegar a consensos por via democrática, sobretudo na grande casa da Democracia que é o parlamento.
Satisfeito com este novo paradigma, apesar dos riscos deste “experimentalismo” em democracias quarentonas, Zé Povinho só pode felicitar “nuestros hermanos” por esta lição de cidadania, aproveitando – tendo em conta a matriz cristã de ambos os países – para desejar-lhes uma Feliz Navidad e um Feliz Año Nuevo!

CatCatarinaFurtado copyarina Furtado foi aquela jovem que emergiu nos écrans televisivos em simultâneo com o aparecimento das primeiras televisões privadas no início dos anos 90, tendo no final de algumas intervenções televisivas sido eleita informalmente pela maioria dos espectadores.
Em vez de cair na tentação de ficar deslumbrada pelo êxito que havia conseguido, decidiu partir para Londres para completar a formação iniciada em Portugal, numa tentativa de aprofundar os seus conhecimentos e a sua prática televisiva.
Regressou a Portugal e continuou a ser cara dos principais programas televisivos com componente artística e social e, muitas vezes em que tinha as crianças como alvo e protagonismo.
Em 2001 Catarina Furtado foi nomeada embaixadora de Boa Vontade, do Fundo das Nações Unidas para a População, tendo sido a primeira mulher portuguesa a ter tal distinção.
Um ano depois funda a Corações com Coroa, uma associação sem fins lucrativos que tem como objectivo central promover uma cultura de solidariedade e inclusão sócio-afectiva das pessoas em situações de vulnerabilidade, risco e pobreza, e assim contribuir para que em Portugal se promova e vivencie uma cultura de Direitos Humanos assente na Não discriminação e Não violência.
Num tempo em que muitas personalidades ligadas ao mundo do espectáculo e da televisão apenas pretendem dar nas vistas e mostrar o seu ego, Catarina é um bom exemplo, tal como o demonstrou na deslocação que fez à Feira do Livro, organizada pelo Colégio Frei Cristóvão (A-dos-Francos), em que veio apresentar o seu mais recente livro.
Zé Povinho declara ser fã de Catarina Furtado e acha este destaque muito a propósito da época em que se vive – o Natal de 2015 – em que o pr oblema dos refugiados é um dos assuntos quentes do momento.

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