Vitória máxima com serviços mínimos

O Sp. Caldas entrou a vencer no campeonato e logo pela margem máxima. Embora os dois últimos sets tenham decididos nas vantagens, os caldenses foram claramente melhores quando tiveram de o ser e só não obtiveram uma expressão maior nos parciais devido à notória desaceleração nalgumas fases do jogo.
Desaceleração causada pela facilidade com que os leões fecharam o primeiro parcial. Depois da descolagem a partir do 4-3, os caldenses foram aumentado a diferença de forma sustentada, evidenciando superioridade nas diversas acções do jogo.
Os primeiros pontos mostravam que o segundo set seria apenas uma extensão do primeiro. Com um bloco muito eficaz e um ataque poderoso os caldenses melhoravam a performance do primeiro set ao segundo tempo técnico, com 16-9 contra os 16-10 do set anterior. O Madalena estava obrigado a uma recuperação hercúlea: precisava de fazer 16 pontos e não deixar o Sp. Caldas pontuar mais de oito vezes. E falharam por muito pouco, os visitantes fizeram um parcial de 16-9 (e já com um ponto de set anulado pelos caldenses). Esta recuperação aconteceu muito graças a uma série de erros não forçados dos caldenses, enquanto que ao Madalena tudo saía bem. Os visitantes tiveram mesmo quatro oportunidades para fechar o set, mas nessas alturas decisivas os caldenses cumpriram de forma exemplar e acabaram por fechar o set em 30-28.
O ‘susto’ podia ter feito o Sp. Caldas arregaçar as mangas para o terceiro set, mas o facto é que sentiram sempre que podiam vencer com os ‘serviços mínimos’. E assim foi, de facto. O Madalena dominou até ao primeiro tempo técnico e conseguiu a maior vantagem em todo o encontro, de quatro pontos. Aí sim a equipa caldense puxou dos seus galões e mostrou que era superior. Virou o encontro, novamente com muita eficácia nas suas acções, mas uma vez recuperada a desvantagem voltaram a fazer apenas o que era preciso para vencer, pela margem mínima. Desta vez os caldenses nem permitiram ao adversário ter pontos para fechar o set.

Kiká, jogador do SCC
Grupo mais forte
Acho que estivemos bem, no total do jogo. No primeiro set estivemos bem nas acções todas. No segundo set deixámo-nos cair um bocado, se calhar pela diferença de pontos do primeiro set, mas conseguimos dar a volta a ganhar. No terceiro foi igual, nunca fugiu o objectivo de ganhar por 3-0 ou 3-1, o que interessava eram os três pontos, conseguimos, é para isso que estamos a trabalhar. O grupo está mais forte, ainda temos que ajustar algumas coisas como grupo e como equipa, a qualidade individual é bem superior ao ano passado, estamos a trabalhar para isso. A nível pessoal, e enquanto capitão, o objectivo é que a equipa dê tudo e jogue o melhor. Quero trabalhar para ser titular e jogar sempre bem.

Júlio Reis, treinador do SCC
Bons indícios
É o início do campeonato, já com dois meses de treino. Entrámos muito fortes e concentrados. Nos outros sets é a situação de que não é preciso mais, é difícil gerir isso e não pode ser essa a atitude da equipa. Essa tem de ser fazer bem o que temos de fazer, o que os outros estão a fazer é um problema deles, foi o que tentei passar mesmo nos tempos pedidos. Foi um bom início que deu bons indícios, de uma equipa equilibrada, que se pode trocar jogadores quando a equipa não está tão bem, é entusiasmante para ver o que podemos fazer até ao fim. Temos que tirar o que fizemos bem, estamos com um bloco extremamente forte, não me preocupa o ataque, onde temos uma força muito grande, agora é mais trabalho de recepção para continuarmos a ir para aqueles jogos mais difíceis que aí vêm. Vai ser um campeonato muito equilibrado, as equipas reforçaram-se, mas os jogos são fáceis ou difíceis consoante o que nós fizermos. Benfica, Sp. Espinho e Fonte Bastardo deverão destacar-se, de resto todos os jogos vão ser finais e queremos acabar lá em cima.