Vitória em resposta à crise

Pavilhão Municipal de Óbidos
Árbitros: André Franco e Nuno Matias, AF Leiria. Cronometrista: Cláudio Santos

OLHO MARINHO 7

Pina, Ruizinho, Paulo Fonseca, Chinobi, Porfírio; Carlos Paulo, Vítor Hugo, Osvaldo, Luís Nunes, Diogo Vieira, David, Tiago Costa, Francisco Delgado
Treinador: Ricardo Lobão

MARÍTIMO 5

Gonçalo Jesus, Clademir, Anderson, Pedro Silva, Leonardo; Mariano Abreu, Luís Pontes, Philipe, Madueno, Marco Gomes, João Silva, Oseias
Treinador: José Aguiar
Ao intervalo: 4-2
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Porfírio (3), Vítor Hugo (9 e 40), Anderson (11), Chinobi (16), David (20 e 37), Oseias (20), Leonardo (30), Paulo Fonseca (32), Luís Pontes (36) e Pedro Silva (39)
Disciplina
Amarelo: Gonçalo Jesus (20), Paulo Fonseca (28), Ricardo Andrade (30), Porfírio (36)

Foi uma jornada proveitosa para o Olho Marinho, que venceu o Marítimo e aumentou para 10 pontos a vantagem para o 3º classificdo, em vésperas de se deslocar ao terreno do vice-líder Fonsecas e Calçada.
A equipa maritimista precisava de encurtar a diferença pontual para os lugares cimeiros e entrou autoritária, a procurar rapidamente chegar ao comando do jogo. Respondeu melhor o Olho Marinho, quer na sua organização defensiva, quer depois na saída para o ataque e chegou à vantagem por Porfírio e ampliou de contra-ataque por Vítor Hugo. Anderson reduziu na sequência de um livre, mas o Olho Marinho continuou a ter o jogo controlado, ampliando novamente por Chinobi e David.
O Marítimo encurtou para dois golos de diferença antes do intervalo e depois, já na 2ª parte, para a margem mínima, o que animou o jogo. Os madeirenses apresentavam uma qualidade de jogo muito interessante, mas o Olho Marinho não se ficava atrás. A equipa obidense foi competente e manteve-se sempre na frente, não se deixando intimidar pelo iô-iô constante do resultado, respondendo com golos aos golos dos madeirenses.
O minuto final do jogo foi mesmo frenético, mas uma saída rápida e inteligente de Vítor Hugo selou o resultado a um segundo do apito final.
Ricardo Lobão, treinador do Olho Marinho, disse no final à Gazeta das Caldas que a sua equipa fez “um jogo mais emotivo do que organizado”. “Mas quando estivemos organizados criámos muitas oportunidades”, perante um adversário com “muita qualidade”, notou.

Mudança de Direção e quatro saídas, mas há reforços

A União de Amigos do Olho Marinho viveu dias conturbados no período que antecedeu esta partida, com trocas na Direcção e saída de jogadores. Quatro no total.
Os problemas resultaram, alegadamente, da falta de verbas para cumprir com os pagamentos à equipa, o que levou à saída de vários jogadores, nomeadamente Jander, Giló e Buzuzu. Os dois primeiros já assinaram pelo Latina Calcio a 5, da Série A italiana. Porfírio também já anunciou a saída para o Módicus, da 1ª Liga, mas ainda alinhou na partida com o Marítimo e deverá fazê-lo também na próxima, com o Fonsecas e Calçada, antes de rumar ao clube de Sandim.
A Direcção da associação também caiu. O clube está a ser gerido por uma Comissão Administrativa liderada pelo presidente da Junta de Freguesia do Olho Marinho e ex-atleta e dirigente, Hélder Mesquita.
O treinador Ricardo Lobão acredita que as mudanças na gestão do clube dão ao grupo “perspectivas de que as coisas estabilizem”. Quanto às saídas do plantel, o técnico acredita que a equipa não depende de nenhum jogador, nem do próprio técnico, “depende do que é a sua identidade, a sua forma de trabalhar e de estar”.
Chegaram a existir rumores sobre a continuidade do próprio Ricardo Lobão. O treinador diz que não se lembra de dizer que se ia embora, nem de ter havido uma decisão da Direcção nesse sentido e garantiu estar comprometido em os objectivos do clube.
Nos próximos dias são esperados reforços para reequilibrar o grupo e o técnico acredita que é possível chegar ao final da 1ª fase num lugar que permita disputar a subida.