Campo de Jogos Dr. Marques dos Santos, Sertã
Árbitro: Paulo Raposo, AF Santarém. Assistentes: Pedro Lopes e Filipe Correia
Sertanense 1
Vítor; Ibrahim (Sapara 74’), Brites, Tiago e Issouf; Touré e Kelvin (Prince 62’); Silvestre, Leandro (C) e Daniel; Alexis (Mbala 68’)
Suplentes: Paulo Salgado, Mathieu, Ruben Martins, André
Treinador: Sérgio Gaminha
Caldas 2
Luís Paulo [3]; Juvenal [4], Militão [4], Rony [4] e Danny Rafael [4]; Paulo Inácio [4], André Santos [4] e Tiago Esgaio [4] (Rui Almeida [1] 90’+5); Sabino [3] (André Simões [2] 79’), Diego Zaporo [4] e João Rodrigues [3] (Telmo [4] 67’)
Suplentes: João Guerra, André Cruz, Diogo Clemente, Nuno Januário
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Silvestre (21’), Diego Zaporo (22’) e Telmo (71’)
Disciplina: Amarelo a Vítor (72’), Issouf (78’); Militão (54’), Paulo Inácio (74’), Diego Zaporo (90’+1) e Luís Paulo (90’+3). Vermelho directo a Danny Rafael (90’+4)
O Caldas SC estreou-se no campeonato com uma vitória difícil na Sertã. Depois de ter estado a perder, os pelicanos operaram uma reviravolta consumada a meio da segunda parte.
Esperava-se uma deslocação difícil e o dia até começou mal para os caldenses, que à chegada ao Campo da Mata se depararam com um furto às instalações do clube. Vários jogadores ficaram sem as chuteiras de jogo, ao guardião Luís Paulo também levaram as luvas.
Talvez este episódio tenha focado ainda mais o conjunto alvinegro para esta primeira partida. Foi um jogo de dificuldades, no qual os espaços para criar jogadas de futebol apoiado escassearam. Foi preciso, por isso, recorrer a uma grande disponibilidade física e organização estrutural nos duelos.
Tínhamos referido no lançamento do jogo que o maior entrosamento podia jogar a favor do Caldas contra um Sertanense muito renovado e foi mesmo por aí que o Caldas começou a ganhar o jogo, conseguindo, sobretudo na segunda parte, superiorizar-se no povoamento do terreno de jogo, na ocupação dos espaços e na velocidade sobres as segundas bolas. Foi empurrando sucessivamente o adversário para o seu meio campo e acabou por dar a estocada final num dos raros lances em que os ataques se sobrepuseram aos defesas.
Mas nem tudo foi fácil, e muito menos simples. Sobretudo quando, ao minuto 21, uma bola batida pelo guardião Vìtor isolou Silvestre e este, depois de contornar Luís Paulo, inaugurou o marcador. Juvenal respondeu com uma incisão individual que acabou com a bola no poste. Mas pouco depois, na recarga a uma remate de Danny Rafael, Diego Zaporo estreou-se a marcar. Danny e Diego voltaram a intervir no lance que deu a vitória ao Caldas, o lateral cruzou, o avançado dividiu a bola com Vítor, proporcionando o ressalto que resultou no golo de Telmo.
A primeira final está ganha, faltam 17.
MELHOR DO CALDAS
Danny Rafael 4
A expulsão à beira do final, por uma entrada incauta, não deslustra a influência que teve. Rematou para Zaporo marcar na recarga, centrou para o que acabou por ser o golo de Telmo. E antes de ser expulso desarmou com classe Silvestre quando este se preparava para fazer o empate.
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Militão, jogador do Caldas
Grande atitude
Foi muito bom começar com uma vitória num terreno tão difícil. Poucas equipas vão levar daqui os três pontos. Ainda para mais estivemos a perder, conseguir dar a volta revela a grande atitude que tivemos. Batalhámos muito, fizemos um grande jogo. Sofremos o golo e tivemos logo uma oportunidade do Juvenal e a seguir fizemos o golo. Só as grandes equipas, com jogadores com grande carácter, conseguem reagir assim. O dia não começou bem, foi mais uma adversidade que só veio reforçar a união deste grupo, estamos juntos, nada nos vai abalar. Manter quase toda a equipa foi importante, já fez a diferença neste jogo, e quem veio acrescenta qualidade, o que é importante.
Ricardo Moura, treinador do Caldas
Plano cumprido à risca
Fomos uma equipa na verdadeira acepção da palavra. Trabalhámos muito, fomos organizados, cumprimos à risca o que estava planificado e merecemos vencer. O Sertanense valorizou a nossa vitória, obrigou-nos a estar concentrados nos 90 minutos. Cometemos um erro e sofremos um golo, mas tivemos capacidade e ambição para dar a volta. Foi uma vitória, muito positiva num campo difícil.
Sérgio Gaminha, treinador do Sertanense
O Caldas foi superior
Os golos aconteceram em erros individuais, mas o resumo é fácil de fazer: o Caldas foi superior em todas as zonas do campo, muito forte nos duelos, ganhou quase todas as segundas bolas, pressionou bem, não nos deixou jogar, não nos deu espaço e mereceu esta vitória.






























