Estádio João Paulo II
Árbitro: Marco Cruz, Assistentes: Sérgio Ribeiro e Luís Moreira, AF Porto.
LUSITÂNIA 1
Diogo Medeiros, Filipe, Cordeiro, Diogo Picanço (C), Ivo (Marreta, 90’+2), Miguel (Fábio, 76m), Samuel, João Melo, Pedro Rocha, Dário (Tiago, 69m), Alex
Não utilizados: Vítor, Catorze, Spencer e Papicha
Treinador: João Eduardo Alves
CALDAS 0
Luís Paulo (3); Juvenal (3), Rony (3), Rui Almeida (3) (C) e Clemente (3); Paulo Inácio (3), André Santos (3) e Marcelo Santos (3) (Sabino (3), 68m); Alexandre Cruz (2) (Bé (3), 45m), Farinha (2) (Simões (3), 58m) e João Rodrigues (3)
Não utilizados: Natalino, Filipe Cascão, Januário e Bento
Treinador: José Vala
Ao intervalo 0-0
Marcador: Miguel (58m)
Disciplina: cartão amarelo para Paulo (21m), Pedro Rocha (36 e 66m), Miguel (38m), Alex (72 e 90’+4) e João Melo (83m). Cartão vermelho, por acumulação de amarelos, para Pedro Rocha (66m) e Alex (90m+4)
Em jogo estava para as duas equipa vencer pela terceira vez consecutiva, algo que nenhuma tinha ainda almejado até então. E o terceiro triunfo sorriu aos insulares.
Na realidade, os terceirenses comandaram as operações dentro das quatro linhas e, embora sem serem avassaladores, foram, no entanto, consistentes no processo ofensivo, desenhando bonitos lances de futebol envolvente.
Porém, aqui também temos que levar em linha de conta o eficaz acerto defensivo do Caldas, que não permitia grandes situações aos pupilos de João Eduardo Alves.
Com o fluir do encontro, a pressão leonina aumentava. Miguel abre o livro e, numa nesga de terreno, descobre Dário na área com o avançado verde a atirar de cabeça para fora. As bancadas voltaram a vibrar com um forte remate de Pedro Rocha, que, todavia, encontrou o guardião Luís Paulo no caminho.
A pressão exercida pelos locais iniciava-se logo na fase de construção do Caldas, com destaque para o ponta de lança Dário, um batalhador nato, que nunca dá um lance por perdido, obrigando o adversário a cometer erros.
Miguel por um triz que não repete a gracinha verificada no Municipal de Angra, mas desta feita a redondinha passou um tudo-nada acima do travessão. Praticamente em cima do intervalo, resultante de uma desatenção defensiva da equipa da rua da Sé, Marcelo permite excelente intervenção a Diogo Medeiros.
No início do segundo tempo, o Lusitânia apanhou um susto, quando o recém-entrado Bé surge na cara de Diogo Medeiros, mas o guarda-redes leonino evita o golo. O “leão” não esmoreceu e merecia melhor sorte na finalização de Ivo. Seguiu-se o passe para Pedro Rocha arrancar um soberbo cruzamento, ao qual só faltou pontaria na finalização.
O alvo mantinha-se invicto, mas por pouco tempo, pois Miguel, no corredor esquerdo, entrou com tudo e o estoiro cruzado só terminou no fundo das redes de Luís Paulo. Um bonito golo, que dava inteira justiça ao desenrolar do desafio.
O Lusitânia estava bem, até que fica reduzido a dez unidades, ao ver Pedro Rocha excluído do jogo por acumulação de amarelos, sendo vítima do exagerado aperto disciplinar imposto pelo árbitro.
Com menos uma unidade em campo, João Eduardo mexe no onze para introduzir equilíbrios. O conjunto, com menos uma unidade, torna-se agora mais pragmático na defesa da vantagem, mas sem nunca descurar o ataque, de tal forma que poderia ter sentenciado em definitivo o prélio quando uma arrancada de Ivo assiste Tiago dentro da área, mas o jovem atleta atrapalhou-se com o esférico.
Na reta final, o árbitro foi mesmo o grande protagonista, ao mandar para o duche mais cedo Alex, em mais uma decisão desacertada, que obrigou os terceirenses a cerrarem fileiras em defesa de uma justa vitória.
Com este resultado, que demonstra a inconsistência do conjunto alvinegro fora de casa, o apuramento para os dois lugares cimeiros passa a ser pouco mais que uma miragem.
Daniel Costa
Diário Insular































