Unidade de Alto Rendimento da Bordalo Pinheiro alcança quinto lugar entre as 16 nacionais

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Este ano lectivo há 27 alunos federados em várias modalidades a frequentar o projecto na Bordalo Pinheiro
Conciliar os estudos com a prática do desporto, a nível federado, é uma tarefa exigente, mas os alunos que integram o projecto UAARE – Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola, na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, provaram que é possível. Um documento do ministério da Educação revela que, ao nível da classificação escolar dos alunos, a escola caldense ficou em quinto lugar entre as 16 existentes no país.
O novo ano lectivo arrancou no passado dia 20 de Setembro, com 27 alunos, do 7º ao 12º anos, federados em várias modalidades.

 

“Entre as 16 escolas que existem no país ficámos situados em quinto lugar nas classificações escolares dos alunos, que também se destacaram a nível nacional e internacional, em várias modalidades”. Foi desta forma que o coordenador do UAARE, Manuel Nunes, resumiu o primeiro ano de funcionamento do projecto na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro. O professor acrescentou ainda que as notas que tiveram nos três períodos “foram sempre a subir”, destacando o aproveitamento escolar dos alunos.
Na apresentação do novo ano lectivo, Manuel Nunes partilhou que vão tentar ajustar alguns procedimentos, como a flexibilidade dos professores para responder às dúvidas dos alunos.
Também presente na sessão, a directora do agrupamento, Maria do Céu Santos, destacou que a fasquia “está um pouco alta”, tendo em conta que os resultados nacionais dos alunos UAARE nos exames foram superiores à média nacional. Dirigindo-se aos alunos pediu-lhes para “serem ainda melhores” e explicou que também a escola se empenhou em fazer-lhes horários adequados, tendo em atenção o treino, a pedido das federações.
Neste ano lectivo frequentam o projecto 27 alunos, do 7º ao 12º ano, praticantes das modalidades de para-badminton, badminton, dança desportiva, futebol, ginástica, kempo, surf, voleibol, râguebi, futsal e ténis. Entre eles estão oito novos alunos. A acompanhá-los terão uma equipa educativa composta por Margarida Silva, Carlos Ubaldo, João Seixas, Celeste Godinho, Michele Pimenta, Fátima Ferreira, Alberto Pereira, Luís Guarda e a psicóloga Dina Nogueira.
A coordenar o grupo estará a professora Alexandra Sampaio, que substitui Manuel Nunes. Entre outras funções, irá acompanhar os atletas e professores e fará a ligação com as federações.
Este ano os alunos podem também encontrar uma sala devidamente equipa a nível informático, com equipamentos cedidos pela autarquia. A vereadora da Educação, Maria João Domingos, realçou o empenhamento da Câmara em dar o seu contributo também para o sucesso do projecto e distribuiu um passe do Toma por cada um dos alunos, que lhes permite ter uma maior mobilidade entre as aulas e os treinos.

Diogo Daniel, 16 anos, 11º ano

“O projecto da UAARE ajudou-me imenso porque consegui conciliar o estudo com as competições internacionais de para-badminton. Tive bons resultados, tive uma média no final do ano muito positiva, enquanto que a nível desportivo fiquei entre os 16 melhores no campeonato do mundo de para-badminton, que se realizou em Basileia, na Suíça. Estou em 31º no ranking mundial.
Não é fácil conciliar o estudo com a vertente desportiva mas vou conseguindo. Pretendo acabar o 12º e ingressar na universidade e a nível desportivo anseio ir aos jogos olímpicos de Tóquio em 2020 ou de Paris, em 2024.”

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Madalena Fortunato, 15 anos, 10º ano

“Acho que é um programa muito importante para nós. Neste momento a nossa vida é um pouco mais complicada do que a dos outros alunos porque temos, além da escola, um desporto a que dedicamos grande parte do nosso tempo.
Este projecto ajuda-nos a conseguir conciliar os estudos, os treinos e a ter um pouco de tempo para nós.
A nível desportivo participei no campeonato da Europa de Badminton, em equipas e individual, que se realizou na Polónia. Em Outubro vou participar num torneio na Áustria. São experiências muito importantes.
Em termos escolares o meu desejo é entrar na universidade e fazer um trabalho com o qual me identifique e, em termos desportivos, quero tentar superar-me”.

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