Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: João Mendes, AF Santarém
Assistentes: Nelson Andrade e Manuel João
CALDAS 3
Luís Paulo [3]; Marcelo [3], Militão [4], Rui Almeida [3] (C) e Clemente [3]; Simões [4] e Paulo Inácio [3]; Januário [4], Felipe Ryan [3] (Cascão [1] 87’) e Farinha [3] (André Santos [2] 79’); João Tarzan [3] (Pedro Emanuel [2] 74’)
Não utilizados: Natalino, Rony, Cruz, Araújo
Treinador: José Vala
1.° DEZEMBRO 1
Tiago Mota; Oumar (C), Duarte Coelho, Hugo Pina e Pedro Amador; Leonel e Osório; Manuel Liz (Scara 67’), Martim Águas e Ruizinho (Agrelos 75’); Janu (Pedro Rosário 82’)
Não utilizados: Sandro Gomes, João Lima, João Guilherme, Álvaro Hungria
Treinador: Beto Severo
Ao intervalo 2-1
Marcadores: João Tarzan (7’), Martim Águas (41’), Januário (43’ e 59’)
Disciplina: cartão amarelo a Oumar (68’) e Scara (87’)
Joel Ribeiro
jribeiro@gazetadascaldas.pt
Na reacção à derrota em Loures José Vala pediu mais pragmatismo à equipa e foi isso que o Caldas teve no regresso às vitórias. O freio colocado na vocação ofensiva reuniu simpatia na bancada, mas resultou na vitória mais expressiva até agora no campeonato.
Nunca até esta altura o Caldas tinha vencido por mais que um golo no campeonato e só por uma vez tinha apontado três golos (na derrota em Torres Vedras).
Pode, por isso, aplicar-se em certa medida a velha máxima de que menos é mais. A ideia de pragmatismo começou logo com a equipa escalada para a partida, com o regresso ao esquema de um avançado e pela opção por Paulo Inácio para formar dupla no meio-campo com Simões, para formar um miolo mais estanque.
Nos minutos iniciais o fulgor ofensivo da equipa não foi abalado. Os dois pivots defensivos no meio-campo garantiam capacidade de recuperação de bola e a forma como a equipa se estendia no ataque permitiu chegar cedo ao golo. Um ‘roubo’ de Simões lançou um ataque à esquerda, Januário e Ryan trabalharam a bola que chegou à área, a defensiva do 1.º Dezembro não conseguiu matar a jogada e João Tarzan abriu o marcador com um remate rasteiro e colocado.
A partir do golo veio então o freio à capacidade ofensiva. A forma como o Caldas defendia transmitia segurança, mas o receio de atacar deixava alguma inquietação no ar, confirmada ao minuto 41 num lance em que os alvinegros tiveram uma postura demasiado expectante e Martim Águas terá ainda contado cum uma irregularidade na relva para bater Luís Paulo.
Depois de permitir duas reviravoltas, o Caldas tinha agora o derradeiro teste neste jogo, mas passou com distinção. Dois minutos depois, no seguimento de um pontapé de baliza, Januário isolou-se e repôs a vantagem.
Na segunda parte, o 1.º Dezembro esteve muito tempo no meio-campo alvinegro, fez muitos cruzamentos para a área, mas apenas num deles esteve perto de marcar. Luís Paulo não permitiu que Martim Águas bisasse com a defesa da tarde. Na resposta, contra-ataque conduzido por Felipe Ryan, Tiago interceptou a assistência para João Tarzan, mas Januário acompanhou bem o lance, marcou e deu tranquilidade para a meia hora final.
MELHOR DO CALDAS
Januário 4
Finalização sublime no segundo golo e frieza para dar a estocada final na partida. Tem pautado exibições positivas com alguma insegurança na conclusão dos lances e a forma como apontou os dois golos pode ser uma importante injecção de moral para o futuro.
Paulo Inácio, jogador do Caldas
Reagimos bem
Sofrer o empate naquela altura foi um duro golpe, mas a equipa reagiu logo de seguida e foi para o intervalo a ganhar e isso foi muito importante. Esta vitória vem dar mais tranquilidade à equipa depois daqueles dois desaires. Só tínhamos vitórias pela margem mínima, vale três pontos na mesma mas é sempre bom ganhar por mais. Neste campeonato as vitórias custam muito e a diferença entre ganhar, empatar ou perder é mínima. Penso que nos pode dar moral. É difícil estar dois meses e meio a ver jogar depois de uma época em que fiz os jogos todos. Senti-me bem e o importante foi termos ganho.
José Vala, treinador do Caldas
Foi o que queríamos
O resultado foi o que queríamos. Se olharmos para os últimos dois jogos, nesses tivemos mais qualidade, mas como tinha dito temos que ter mais pragmatismo e tivemos. Fizemos 1-0, tínhamos o jogo controlado sofremos o empate, tivemos felicidade de fazer o 2-1 logo a seguir. Na segunda parte jogámos com as linhas mais baixas para aproveitar as transições. Houve cruzamentos e uma grande defesa do Luís Paulo, mas também podíamos ter marcado mais vezes.
Beto Severo, treinador do 1º Dezembro
Erros
O Caldas entrou bem e soube aproveitar os nossos erros, foi uma equipa mais fria e calculista. O segundo golo acaba por definir numa altura em que estávamos melhor.
J.R































