Pavilhão Rainha D. Leonor, Caldas da Rainha
Árbitros: Alexandre Ribeiro e Sandra Deveza
SP. CALDAS 1
Nuno Pereira (6), Tiago Pereira (8), Luís Moreira (7), Phelps (9), Simão Teixeira (L), Calaça (21), José Jardim (2), Afonso Reis (2), Kiká (4), David Rodrigues (3)
Treinador: Júlio Reis
CASTÊLO MAIA 3
José Neves (1), Francisco Rocha (17), Bernardo Martins (9), Filipe Cveticanin (9), Flávio Cruz (13), Gilson França (9), Gil Pereira (L), Lourenço Martins (1), Bruno Sousa, Diogo Salvador
Treinador: Nuno Pereira
Parciais: 16-25, 23-25, 25-17, 22-25
Uma vitória sobre o Castêlo da Maia teria aproximado o Sp. Caldas do almejado quarto lugar, mas uma má entrada na partida e a falta de uma ponta de sorte no segundo e no quarto sets ditaram a perda de três pontos para um adversário directo.
A equipa caldense entrou mal no jogo e perdeu o set com um misto de culpa própria e mérito do adversário. Os caldenses acumularam alguns erros de ataque (4) e no serviço (5) que contribuíram para o desequilíbrio do primeiro parcial, o que se aliou ao muro que representou Filip Cveticanin, com impressionantes cinco pontos no bloco.
Depois do segundo tempo técnico, que se atingiu com 13-16, os caldenses pareciam rematar contra uma parede e só somaram mais três pontos. No entanto, também o bloco caldense mostrava serviço e que poderia ser uma arma para o equilíbrio dos sets seguintes, como se verificou.
No segundo set os caldenses encontraram as soluções necessárias para ultrapassar a defesa alta do Castêlo e com melhorias nos restantes capítulos do jogo os caldenses entraram muito fortes. O jogo seguiu equilibrado com boas sequências de jogadas e de pontos ora para um lado, ora para o outro na fase inicial, e discutido taco a taco a partir do 14-14. Foi novamente o bloco do Castêlo a permitir a primeira vantagem de dois pontos (21-23) desde essa altura. O Sp. Caldas podia ter encostado no 24-24, depois de ter salvo um ponto de set, mas uma defesa arriscada de Francisco Rocha, que o atirou contra a parede do pavilhão, interrompeu um ponto que parecia certo para os caldenses. O ponto teve de ser repetido e o jogador substituído, e foi precisamente o jogador que o substituiu que fechou o set.
Foi uma infelicidade para os caldenses, que responderam em força no terceiro set, chegaram a uma vantagem de três pontos mas o Castêlo voltou a fechar a porta com um bloco muito eficaz e saiu para o primeiro tempo técnico na frente por um ponto. A partir daí a história foi outra. As mexidas de Júlio Reis a partir do banco resultaram e a equipa em eficiência defensiva e ofensiva, viraram o set e a vantagem não parou de crescer até aos 25-17.
Era preciso capitalizar aquele set e tentar levar o jogo para a negra e garantir e pelo menos um ponto. O set foi bastante equilibrado, mas o Castêlo conseguiu, muito graças a um set tremendo de Francisco Rocha na zona 2 com seis pontos de ataque e dois de bloco, construiu uma vantagem de 12-16 que soube defender no restante set.
Simão Teixeira, jogador do SCC
A sorte esteve com eles
Para ganharmos este jogo faltou entrarmos bem e sermos consistentes. No primeiro set entrámos apáticos. A partir do segundo set a sorte esteve do lado deles. Foi nos pormenores, bastava termos feito o 24 igual em dois sets que o resultado podia ter sido outro. Temos que continuar a trabalhar porque estamos ao nível deles e de outras equipas com quem perdemos. É difícil chegar lá acima mas ninguém disse que era fácil, temos que trabalhar e ganhar consistência, entrar melhor nos jogos. Ainda vamos surpreender muita gente. É o meu primeiro ano fora de ‘casa’, estou a ser muito bem recebido, estou a gostar de cá estar, faltam as vitórias nestes jogos mas tenho a certeza que vão aparecer.
Júlio Reis, treinador do SCC
Pormenores
O Castêlo tem uma equipa muito forte, jogadores de selecção nacional, mas somos equipas equilibradas e o jogo distinguiu-se nos pormenores. Não entrámos bem no primeiro set, tivemos dificuldade em equilibrar em termos de recepção e de bloco. Depois tentámos mexer na equipa, conseguimos dar a volta. No segundo set conseguíamos fazer o 24 igual e podíamos ganhar o set, a integridade física do atleta está acima de tudo, mas que ele foi inteligente, foi. Mesmo no quarto set fraquejámos numa situação de pormenor, não tivemos sorte também com lesões que estão a acontecer, o nosso oposto anda há três semanas com dor. Estamos no bom caminho, vamos ter jogos com a Fonte e o Benfica muito difíceis, vamos tentar recuperar jogadores para estarmos bem contra o Viana no último jogo do ano.
































