SP. CALDAS 2
Nuno Pereira, Tiago Pereira, Afonso Reis, Kiká, Luís Moreira, Calaça, Simão Teixeira, João Fernandes, José Jardim, Miguel Agapito, Dioto Oliveira
Treinador: Júlio Reis
FONTE BASTARDO 3
A. Guerreiro, Gerson, J. Ricardo, Teixeira, Pollock, J. Monteiro, Caíque, Rangel, Diogo
Treinador: João José
Parciais: 21-25, 28-30, 33-31, 25-20, 13-15
Cerca de 200 pessoas assistiram a um jogo épico entre Sp. Caldas e Fonte Bastardo, que fez da turma caldense a segunda a ‘roubar’ pontos a uma equipa da chamada Elite – só o S. Mamede o tinha conseguido antes. Foi um jogo disputadíssimo, com mais de 2h30 de duração, que teve como apogeu um terceiro set com um total de 64 pontos. A decisão na negra favoreceu os açorianos pela margem mínima.
Já na partida disputada nos Açores o 3-0 escondeu um jogo de qualidade por parte dos caldenses, com sets bastante disputados. Em casa os leões elevaram a fasquia e com uma pontinha de sorte podiam, e mereciam, ter até vencido a partida.
Só numa curta fase do primeiro set os campeões nacionais subjugaram os caldenses. Entre a primeira e a segunda pausa técnica os insulares levaram o marcador de 5-8 para 8-16. A partir daí dos caldenses não mais estiveram em xeque. Fizeram uma recuperação notável logo naquele set, com um parcial de 5-1 reaproximaram-se do adversário e encostaram nos 20-21. A equipa dos Açores levou a melhor na parte final do set, que fechou em 21-25, mas os caldenses sabiam agora que podiam discutir o jogo. E foi o que fizeram.
Houve um grande espectáculo no Pavilhão Rainha D. Leonor, com pontos longos, alguns salvamentos espantosos, remates certeiros, e também erros, blocos, ases, reviravoltas no marcador, decisões polémicas… tudo o que um grande jogo tem que ter.
O Sp. Caldas esteve no comando em grande parte do segundo parcial e teve quatro pontos de set (dois deles atribuídos e desperdiçados por quatro erros de serviço consecutivos) para empatar a partida a um, mas foram os açorianos a fazer 2-0 à segunda tentativa.
O desfecho dramático, garantido com um bloco de Gerson, podia desmoralizar a equipa caldense, mas tal não aconteceu. O Sp. Caldas voltou a dominar grande parte do set, voltou a falhar quatro oportunidades para fechar o parcial antes do adversário e concedeu as duas seguintes ao adversário. Mas desta vez o filme não se repetiu. O set foi ainda mais longo e o desfecho favorável aos caldenses.
Os campeões nacionais reagiram à hipótese de deixar pontos nas Caldas com uma entrada forte no quarto set, mas os pupilos de Júlio Reis não estavam para modas. A recuperação foi lenta mas constante e já comandavam aos 10-9, desta vez para não mais a largarem. O empate fez-se com a diferença mais expressiva no encontro.
Na negra as equipas deram tudo por tudo. O Sp. Caldas chegou a liderar por 4-1, mas a mudança de campo já foi com os açorianos na frente com 7-8. As equipas alteraram vantagens, mas três pontos consecutivos dos visitantes com o resultado em 12-11 colocaram a Fonte em excelentes condições para garantir o triunfo.
No sábado os caldenses venceram o Ac. Espinho por 1-3.
João Fernandes, jogador do Sp. Caldas
União, trabalho e acreditar
O segredo foi a equipa estar muito unida, mesmo quando começámos a perder e a ficar distantes a equipa manteve-se sempre firme, a acreditar que é possível e isso foi a base da nossa boa exibição. A conclusão que podemos tirar é que se acreditarmos que é possível, e se trabalharmos para isso, as coisas acabam por correr como nós queremos. A equipa está bem e a evoluir. Está a ser uma boa experiência, fui bem recebido, agradeço por tudo o que me está a proporcionar.
Francisco Matos, tr. adjunto do Sp. Caldas
Esta atitude até ao fim
Houve uma decisão da equipa de arbitragem no segundo set em que ficámos a perder 2-0 e podia ter sido diferente. Depois dessa má decisão a equipa descompensou um pouco, mas focámo-nos no que tínhamos que fazer, conseguimos empatar a dois com o actual campeão nacional e na negra foram pormenores. Mesmo na fase em que eles se distanciaram a equipa nunca perdeu a cabeça, esteve sempre focada. É um ponto muito importante, porque ninguém pontua com esta equipa. Este jogo é para repetir, se o fizermos em todos os jogos vamos discutir o terceiro lugar. Tivemos a infelicidade de perder o Phelps no jogo de sábado mas foi um jogo controlado.































