O Sp. Caldas precisava de ganhar por 3-0 contra uma equipa da sua igualha, mas o objetivo de manter o pleno de participações no play-off da I Divisão caiu por terra ao segundo set.
As duas equipas começaram o jogo com espírito de missão e muito empenhadas em conseguir o seu objectivo. Mas eram os caldenses que tinham a maior pressão do seu lado, o que soube gerir bem no primeiro set. Os alvinegros apostavam muito no seu potencial ofensivo, o que embora com alguns erros acabou por ser decisivo, conseguindo pontuar bastante nas zonas 2 e 3, por Calaça, Cristian e Nuno Pereira. Do lado dos famalicenses, era o poder de fogo de Fabião que equilibrava as contas.
No segundo set os caldenses mantiveram a aposta no seu poder de fogo, desta vez com Kiká na zona 4 a ser o mais preponderante. Os caldenses voltaram a obter mais pontos de ataque os visitantes. Contudo, o Famalicense percebeu onde estava o forte dos caldenses e respondeu com um bloco eficaz, que rendeu seis decisivos pontos.
O Famalicense começou o set a construir uma vantagem de 1-5, que o Sp. Caldas até conseguiu reverter. Depois o técnico visitante fez uma alteração que se mostrou decisiva, com a saída de Nelson para a entrada de André M, que com dois blocos a remates de Calaça fez os dois pontos que selaram o destino das duas equipas.
A partir dali já pouco ou nada interessava. De um lado estava um Sp. Caldas ferido e desmotivado, no qual Frederico Casimiro aproveitou para fazer rodar todos os seus jogadores. Do outro lado estava um Famalicense descomprimido e com dever cumprido, fosse qual fosse o desfecho final.
Os dois sets seguintes voltaram a ser muito equilibrados e decididos, novamente, pela margem mínima. Apenas na negra os desalento dos caldenses foi maior que a serenidade do Famalicense, que levou a vitória que fez aumentar o fosso entre as duas equipas para quatro pontos na classificação final.
O Famalicense segue então para o play-off que decide o campeão da I Divisão, que começa contra o quarto classificado, o V. Guimarães.
O Sp. Caldas disputa a fase de manutenção juntamente com Leixões, Castêlo da Maia, VC Viana, Ac. Espinho e Clube K num mini campeonato todos contra todos a duas voltas e no qual todas as equipas recomeçam com zero pontos. O Clube K e a Ac. Espinho serão os dois principais candidatos à descida, mas o formato da prova abre a porta a surpresas.
JAMES COLL, JOGADOR DO SCC
Ganhar a fase
O jogo foi muito equilibrado, eles acabaram por ter mérito no segundo set e conseguiram vencer. Depois, apesar de ser difícil, queríamos vencer na mesma, ou pelo menos dar o máximo. Eles só tinham que ganhar um set e isso colocou muita pressão em nós. Demos tudo, infelizmente não conseguimos. Agora o objectivo é vencer a fase de manutenção, só depende de nós. É a minha segunda época no clube, mudou muita coisa, a direcção, a equipa técnica, a própria equipa, continuo a treinar da mesma forma para ser opção. A direcção teve os seus problemas mas está tudo resolvido.
FREDERICO CASIMIRO, TREINADOR DO SCC
Ganhar os jogos todos
Esta equipa é semelhante à nossa. São muitas horas de treino, muitas horas de esforço e sacrifício, temos que dar mérito ao adversário, embora tenha havido algum demérito nosso nas alturas decisivas do set e agora pagamos a factura, que é jogar uma fase que não queríamos jogar. Temos que levantar a cabeça e garantir a manutenção nos restantes jogos que temos pela frente. O que disse no balneário é que temos um ou dois dias para reflectir sobre isto tudo e depois é voltar a treinar com a força toda para encarar a próxima fase para ganhar os jogos todos.































