“Sou grato demais ao Caldas. Acolheu-me de braços abertos”

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Leandro Borges recebe o prémio do neto de João Serrenho, proprietário da Papelaria Pitau

Leandro Borges fala do prémio que venceu na época passada e da relação com o Caldas

Leandro Borges recebeu o prémio que conquistou na temporada passada ao serviço do Caldas, o prémio José Augusto Sousa e Silva, atribuído pela Papelaria Pitau e pela Gazeta das Caldas e que alia a performance desportiva ao comportamento disciplinar. O médio brasileiro falou à Gazeta do prémio, que o surpreendeu, mas também do que tem sido a sua experiência no Caldas, que quer perpetuar.
Leandro Borges venceu o prémio com 123 pontos, apenas mais um do que João Tarzan, numa disputa “acesa” também com João Silva, que só ficou fora da corrida devido à expulsão na penúltima jornada, à qual tinha chegado em igualdade com o médio brasileiro.
A conquista do troféu José Augusto Silva, assim batizado há três temporadas por João Serrenho, proprietário da Papelaria Pitau, para homenagear o antigo dirigente desportivo caldense que era o epíteto do desportivismo, foi uma surpresa para Leandro Borges, que não tinha por hábito acompanhar as pontuações. Mas deixou-o “muito feliz”. “Individualmente, todo jogador gosta de ser premiado e, para mim, foi bom e tenho que agradecer aos meus companheiros. Se não fossem eles, não conseguiria ganhar o prémio”, sublinhou, com a sua característica humildade.
Leandro destacou, justamente, os seus dois principais contendentes. “É uma surpresa para mim, acredito que o João Tarzan o João Silva também estiveram muito bem, mas fico feliz, porque é sinal de que fiz uma época boa”, comentou.
Se o médio, de 32 anos, ficou surpreendido, quem o vê jogar não ficará. Leandro foi o jogador mais utilizado por José Vala na época passada, marcou um golo e fez cinco assistências. É fulcral na manobra defensiva da equipa, com grande destaque nos duelos, mas apesar de ser, por norma, o médio mais recuado, tem papel igualmente importante na saída em ataque e até na chegada á área contrária.
“Gosto de ajudar na hora de defender e na hora de atacar também. Eu acho que o mister também coloca um sistema de jogo que me permite sair às vezes um pouco mais, e acho que, se a equipa toda não me ajudasse também, ia passar mais despercebido”, comenta. De resto, o grupo é algo que Leandro Borges enfatiza. “Ajudamo-nos uns aos outros, é isso que faz o clube crescer também. O grupo é muito humilde, todo mundo se ajuda, quando alguém não vai conseguir chegar [à bola], o outro já lá está, e só assim conseguimos ir superando todos os jogos”, realça.
Nascido em São Bernardo do Campo, em São Paulo, o médio veio para Portugal na temporada 2017/18, para o Vitória de Sernache, ao serviço do qual despertou a atenção do Caldas. E não se arrepende da decisão de aceitar o convite que lhe chegou, em plena pandemia.
“Quando vim para Portugal, vinha buscando alguma coisa boa. Em Cernache tive bons momentos, mas quando cheguei ao Caldas foi totalmente diferente e sou grato demais. É um clube que me acolheu de braços abertos e, desde o primeiro dia, pareceu que já tava aqui há anos. E quero ficar”, afirma, acrescentando que já declinou convites.
Parte do que faz Leandro feliz nas Caldas é a relação com os adeptos. “Sinto o carinho das pessoas, tanto nos jogos, como na rua. Onde vou as pessoas falam bem de mim e querem o meu bem. Agradeço a todos eles, porque também me motivam”, salienta.
Também por isso, Leandro é dos jogadores que gosta de retribuir o carinho dos adeptos ao participar nas ações do clube com a comunidade. “São momentos em que estamos com pessoas que gostam do Caldas, é muito gratificante”, conclui. ■

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