A seguir a um par de vitórias, um par de derrotas

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Rony foi o capitão em homenagem ao Chapecoense

Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Paulo Raposo, Assistentes: Pedro Freire e Manuel Mendes, AF Santarém
CALDAS 0
Luís Paulo [3]; Juvenal [3], Militão [3], Rony [3] (C) (Januário [1] 77’) e Clemente [3]; André Santos [3], Paulo Inácio [3] e André Simões [3]; Diogo Bento [3] (Danny Rafael [1] 84’), João Rodrigues [3] e Cruz [3] (Tonicha [2] 69’)
Não utilizados: Natalino, Rui Almeida, Farinha, Marcelo
Treinador: José Vala
MAFRA 1
Godinho; Pedro Almeida, Fábio Marinheiro, Rafael Goiano e Guilherme; Vasco Varão © e Tiago Costa; Luís Carlos (Crespo 90’+2), Ivan e Bruninho (Lucas 69’); Allef (Alisson 72’)
Não utilizados: Caio, Juary, Aguilar, Valdu Té
Treinador: Pedro Silva
Ao intervalo: 0-1
Marcador: Ivan (16’)
Disciplina: Amarelo a Rafael (38’), Rony (43’), André Santos (66’), Guilherme (68’) e Tiago Costa (81’)

O Caldas continua a emparelhar vitórias e derrotas, algo que tem sido sistemático nesta temporada. Contra o Mafra a equipa caldense nem dominou nem foi dominada, mas no final somou novo desaire.
À vitória na jornada de estreia seguiram-se duas derrotas, depois veio o empate em Vila Franca e desde então, para o campeonato, o Caldas alterna duas vitórias com duas derrotas.
A recepção ao Mafra até trazia boas lembranças ao pelicano, que venceu os últimos dois confrontos e não perdia desde 2004. O jogo era, contudo, vital para o Mafra na luta a três com o Praiense, que até escorregou em Alcobaça, e com o Torreense. E a equipa de Pedro Silva entrou melhor. O Caldas entrou com um bloco algo recuado, mas o Mafra resistiu a partir para cima do Caldas, adoptando uma troca de bola paciente à saída do seu meio campo, como que a chamar o Caldas, e acelerava quando conseguia colocar a bola entre linhas. Esta postura causava algumas dificuldades ao Caldas para ter a bola, dada a precisão do jogo ao primeiro toque do Mafra. E foi o que permitiu construir os lances mais perigosos, incluindo o golo.
Mas já lá vamos, até porque o primeiro remate até foi do Caldas. Era nas alas que os alvinegros apostavam para criar perigo – Diogo Bento foi novidade à direita do ataque – e uma combinação entre Cruz e Clemente quase deu golo, estava atento Godinho.
Mais certeiro foi o Mafra. Uma troca de bola rápida lançou Luís Carlos à direita, solto cruzou bem para Ivan, que também apareceu sozinho na área, fazer o golo.
Era o que bastava ao Mafra. O Caldas corrigiu os posicionamentos que estavam a falhar no início e passou a bloquear mais cedo os ataques do Mafra e foi crescendo, mas não o suficiente. A bola só chegava à área quando colocada directa na área. No melhor lance que fez pelos flancos, o Caldas reclamou penálti quando Marinheiro se esticou para uma intercepção e a bola foi-lhe do pé para o braço.
De resto a equipa do Caldas voltou a ser curta. Defendeu com eficiência e Luís Paulo teve uma tarde até tranquila. Mas levar a bola para o ataque e chegar lá com peso para criar mossa tem sido e continuou a ser problemático. O Caldas só incomodou novamente num remate de longe de André Santos.
Segue-se o clássico do Oeste, em Torres Vedras.
Melhor do Caldas

Paulo InacioPaulo Inácio 3

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Não chegou para anular a melhor entrada em jogo do Mafra, mas quando a equipa do Caldas acertou teve no camisola 17 um dos travões ao jogo ofensivo dos visitantes. Conseguiu reduzir espaços tanto em zonas recuadas, como noutras mais adiantadas quando o bloco do Caldas estava mais subido.

Diogo BentoDiogo Bento, jogador do Caldas

Erro que saiu caro

O golo deles é um pequeno erro nosso que nos saiu caro. Não tiveram praticamente mais nenhum lance. Não gosto de falar de arbitragens mas acho que podia ter sido assinalado um penálti a nosso favor que se calhar mudava o rumo do jogo e na segunda parte também nos empurrou parra trás. Estivemos bem, mostrámos empenho dentro do campo e os resultados vão aparecer. O que nos foi pedido foi a manutenção, trabalhamos para estar mais acima, nem sempre as coisas nos correram bem, mas vamos lutar até ao fim pelo menos pelo quarto lugar que é o que está mais ao nosso alcance. Pensava já ter dado mais contributo à equipa, tive a lesão mas continuei motivado, tive esta oportunidade e vou dar o meu melhor sempre que o mister quiser.

José Vala, treinador do Caldas

Podemos fazer mais

Até ao golo o Mafra foi superior, estávamos com um posicionamento que achámos que ia resultar mas não resultou. Depois rectificámos e penso que foi um jogo de equilíbrios. O Mafra tinha vantagem, nós conseguimos equilibrar mas não conseguimos superiorizar-nos. Poderia acontecer o golo mas houve poucas oportunidades. Queremos amealhar o máximo de pontos, temos que melhorar os resultados e as exibições, podemos fazer mais.

Pedro Silva, treinador do Mafra

Muita luta

Foi um jogo com muita luta, estou satisfeito com a equipa e com a vitória. Queremos passar à segunda fase.

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