Clube do concelho das Caldas está a comemorar o décimo aniversário e tem os objectivos desportivos bem definidos: com base no trabalho desenvolvido na formação, a meta é, dentro de alguns anos, chegar aos campeonatos nacionais de seniores e jovens
O presidente da Direcção da Associação Desportiva Alvorninha considera que o investimento feito na formação nos últimos coloca o clube em boa posição para, na próxima década, cimentar os objectivos desportivos.
GAZETA DAS CALDAS (GC): Dirige um clube recente, mas que tem vindo a ganhar dimensão desportiva. A que se deve essa afirmação numa região com tantos clubes históricos?
david santos (ds): A forma como temos vindo a conseguir que o clube cresça foi a aposta que fizemos há oito anos na formação, bem como o trabalho que temos feito, quer a nível organizativo como criando condições e demonstrando à comunidade que pode acreditar no clube e nas pessoas que connosco trabalham. É isso que tem permitindo aumentar a quantidade e qualidade de atletas que ingressam no nosso clube para praticar e evoluir no futsal. Queremos também que se perceba que o cariz social está presente nessa formação, preparando os nossos jovens para o futuro, o que nos tem permitido aumentar a massa humana em redor do clube e levar assim mais longe o nome do clube.
GC: Cumpre oito destes dez anos do clube na presidência. Como tem sido dirigir o clube e gerir os aspetos profissionais e familiares?
ds: Gerir clube, aspectos profissionais e familiares não tem sido fácil, mas quando estamos empenhados e temos gosto no que fazemos tudo se consegue. Tem sido isso que me tem mantido no clube estes oito anos, por vezes prejudicando aspectos familiares e tirando tempo de família, para dar ao clube o que o mesmo exige para que as coisas caminhem no caminho certo. Contudo, tenho a sorte de ter os meus filhos como atletas de futsal, o que permite que também a minha esposa goste da modalidade e dê todo o apoio, tornando as coisas mais fáceis, apesar de termos de nos desmultiplicarmos para conseguir conciliar família, trabalho e clube.
GC: Em termos desportivos, onde pensa ser possível ver a ADA na próxima década?
ds: O crescimento da ADA tem sido sempre numa base sustentável e assim espero que continue a ser. Queremos crescer e ir sempre o mais acima possível, mas penso que se dermos continuidade ao trabalho realizado, e temos essa ambição, podemos ver a ADA, tanto a nível de formação como nos seniores, a ter equipas a disputar uma prova nacional na próxima década.
GC: A equipa sénior masculina tem-se reforçado e é considerada uma das favoritas à subida à Honra. É esse o objetivo?
ds: O objectivo da equipa sénior foi delineado num projecto a três anos, que iniciámos na época que findou mais cedo. Esperamos atingir esse objectivo no prazo delineado. Temos trabalhado no reforço da equipa para alcançar o que pretendemos, mas não considero que sejamos favoritos. Posso prometer que o grupo de trabalho da equipa sénior, desde directores, equipa técnica e atletas, tudo dará em prol do clube para cada jogo lutar pela vitória para que no final estejamos na melhor classificação possível.
GC: Os seniores femininos podem lutar por títulos?
ds: Penso que não será fácil lutar por títulos no decorrer da próxima época. Mas já esta época tivemos uma melhoria na equipa, que nos permitiu fazer a época com mais pontos, obtidos fruto do bom trabalho desenvolvido pela equipa técnica e jogadoras. Sendo que esse grupo se manterá, podendo ainda existir algumas entradas, isso permite-nos ter já uma base consolidada e sei que este grupo tem potencial para crescer ainda mais. É evidente que se a oportunidade surgir de podermos lutar por um título, certamente o faremos.
GC: A formação será a base que permitirá sustentar o clube nos próximos anos?
ds: A formação certamente poderá ser um grande alicerce para sustentar o clube e a equipa sénior nos próximos anos. Tivemos já esta época atletas que iniciaram a sua formação neste clube que, ainda com idade de juniores, se estrearam pelos seniores e certamente que nos próximos anos teremos muitos mais atletas a chegar a esse patamar. Estamos na fase de começar a recolher os frutos do trabalho feito nestes oito anos de formação. E pela qualidade que vejo nos escalões jovens, penso que temos uma base para acreditar que será dado seguimento a esse trabalho de sustentação das equipas seniores com atletas da nossa formação.
GC: O clube tem trabalhado muito nas redes sociais. Essa aposta serve para diferenciar a ADA?
ds: Esse trabalho tem sido bem desenvolvido pelo nosso Departamento de Comunicação e pelo coordenador da formação que, com a sua dinâmica, tem-nos feito estar sempre presentes nas redes sociais de forma muita activa. Isso permite ao clube ter e dar mais visibilidade do trabalho que temos desenvolvido e serve para chegar a mais gente que, não nos seguindo tão de perto, tenha a possibilidade de nos conhecer melhor e para onde queremos caminhar.
GC: Tem uma filha que chegou a internacional sub-19. Como reagiu quando recebeu a notícia da convocatória?
ds: Senti um orgulho enorme e uma felicidade tremenda por ver que todo o trabalho, dedicação e evolução que ela teve teve na modalidade ao longo destes anos da sua formação lhe permitiu chegar ao patamar mais alto que um atleta sonha um dia conseguir chegar: vestir a camisola da sua Selecção. Agora é trabalhar para dar continuidade à evolução e potenciar as qualidades que evidencia como atleta, de forma que atinja o seu próximo objectivo, de chegar ao patamar mais alto de vestir a camisola da Seleção A de futsal feminino.































