Primeira parte do Praiense foi forte demais

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Pedro Faustino num duelo com João Peixoto, os jogadores com mais influência em cada um dos conjuntos. O médio acçoriano levou a melhor

Os insulares jogaram com tremenda intensidade nos primeiros 45 minutos e marcaram com duas aberturas fenomenais do seu capitão. A resposta do Caldas “esbarrou” na finalização

Campo: da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Flávio Lima, Lisboa
Assistentes: Vítor Gomes e André Dias

caldas 0

Luís Paulo [5]; Juvenal [5], Militão (C) [5], Gaio [5] e Passos [5]; Paulo Inácio [6] (Bernardo Rodrigues [4] 79), Simões [4] (Ricardo Isabelinha [4] 45) (Bruno Eduardo [4] 65), André Santos [6] e Pedro Faustino [6]; Hugo Neto [5] e João Tarzan [6]
Não utilizados: Rui Oliveira, Marcelo, Leandro, Januário
Treinador: José Vala

Praiense 2

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Tiago Maia; Bruno Sousa, Alexsandro, Weliton e Itto Cruz; João Peixoto (C), Márcio Augusto (Marcos Silva 72) e Sérgio Teles (Breno 85); Ragner, Filipe Andrade (Matheus Souza 87) e Ricardinho
Não utilizados: Fábio Pimentel, Diogo Careca, Magina
Treinador: Francisco Agatão
Ao intervalo: 0-2
Marcadores: 0-1 Itto Cruz (33), 0-2 Filipe Andrade (45)
Disciplina: amarelos a Itto Cruz (33), Ragner (41), Márcio Augusto (45), Itto Cruz (65), Tiago Maia (75), Juvenal (86), Filipe Andrade (87), André Santos (89), Itto Cruz (90+7). Vermelho a Itto Cruz (90+7)

A vitória do Praiense no Campo da Mata, que colocou termo a uma das melhores séries de invencibilidade do clube em toda a sua história, não sofre contestação. O que há a fazer para os alvinegros é levantar a cabeça e seguir em frente, porque a seguir vêm outros jogos de grau de dificuldade elevado.
O Praiense visitava o único clube ao qual, em 21 jogos, não tinha conseguido fazer golos. Um Caldas que tinha acabado, na Praia da Vitória, com quase dois anos de invencibilidade do Praiense em sua casa. Era uma bandeira vermelha grande o suficiente para que a equipa de Francisco Agatão encarasse a partida com grande seriedade. E foi isso o que se viu em toda a primeira parte. Os insulares imprimiram um forte ritmo nas acções de jogo na zona intermédia, tanto na pressão sem bola, como depois com a bola para chegar à área. Até ao 0-1 inaugural, as tentativas do Caldas para sair em ataque foram só isso mesmo, tentativas. Já o Praiense esteve perto do golo ao minuto 12, num cabeceamento de Sérgio Teles à barra, e à meia hora numa jogada pela direita com Militão a fazer um corte sublime. Mas nem foi em intensidade que o Praiense chegou ao golo, foi aproveitando um momento de descompressão. João Peixoto pegou na bola bem dentro do seu meio campo defensivo, apercebeu-se da subida sorrateira do lateral Itto Cruz e colocou a bola com uma precisão fantástica. Itto dominou no peito e bateu Luís Paulo. João Peixoto repetiu o feito 12 minutos depois, já com toda a gente à espera do intervalo. Interceptou junto à sua área um passe de Passos para Tarzan, deu cinco passos com a bola e isolou Filipe Andrade. Luís Paulo saiu da área, mas só conseguiu tocar a bola para o lado e o avançado fez o segundo. Na segunda parte o Caldas lutou contra a forte defesa do Praiense para reentrar na partida. Mesmo nas ocasiões em que os atacantes conseguiram vantagem sobre os defesas, os caldenses não conseguiram situações de fácil finalização e os remates de primeira saíram para fora.

Melhor do Caldas

Pedro Faustino

Foi quem mais lutou contra o forte posicionamento do Praiense na zona de meio campo, tentando com a sua técnica e criatividade fazer a bola chegar ao ataque.

 

 

 

Bernardo, jogador do Caldas


Está escrito…
“Foi uma primeira parte bem disputada, com o Praiense por cima. Baixámos as linhas e procurámos um pouco mais a profundidade do que deveríamos, mas não conseguimos jogar de pé para pé. Na segunda parte o mister mexeu para jogarmos dessa forma, mas o golo não apareceu. Sabíamos que um dia teríamos que perder, mas não muda nada. Está escrito no nosso balneário que queremos o segundo lugar e é isso que vai acontecer. Estive parado quase três meses, foi muito bom regressar. O grupo é muito competitivo, o que dificulta a quem está algum tempo parado a reentrar na equipa, mas estou cá para ajudar e à espera de oportunidades.”

José Vala, treinador do caldas

Perdemos na 1ª parte
“Perdemos o jogo na primeira parte. Não tivemos a melhor abordagem na primeira parte, cometemos alguns erros e não conseguimos ter bola. Na segunda rectificámos, fomos à procura do golo, mas estamos perante uma equipa muito forte, organizada. Se fizéssemos um golo conseguíamos entrar no jogo, não conseguimos.”
f. agatão, treinador do praiense
Vitória saborosa
“Entrámos muito fortes, pressionantes, gerindo a posse e procurando ser incisivos no ataque à baliza. Foi uma vitória saborosa perante um adversário valoroso.”

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