Permeabilidade defensiva custa três pontos num duelo de candidatos

Primeira derrota da época foi em casa. Penalti sobre João Tarzan deu esperança, mas golo sofrido na resposta e as defesas de Mota impediram recuperação

No jogo em que homenageou o ciclista caldense João Almeida pela brilhante campanha que está a fazer no Giro, o Caldas registou a primeira derrota da temporada. Em campo estavam duas equipas só com vitórias e foi o Sacavenenses que acabou na mesma condição, numa partida em que o Caldas falhou em apresentar uma das características mais marcadas do seu jogo: a solidez defensiva.
Os indícios do mau dia da equipa caldense surgiram logo ao quinto minuto de jogo. Combinação do Sacavenense à esquerda, com a velocidade do coreano Yuk e a técnica de Didi a causarem estragos. Já na área, o coreano assistiu Iaquinta, que, solto de marcação, desviou para o fundo das redes.

“Foi um dia não para nós. Quando pecámos defensivamente fomos castigados e não conseguimos castigar o adversário quando errou”
Militão

Os alvinegros responderam, com André Perre, a atuar na posição 10, e Ricardo Isabelinha, a assumirem o protagonismo, mas a esbarrarem no acerto defensivo do Sacavenense, que tinha em Yannick o expoente máximo. O goleador chegou mesmo a atirar uma bola à barra, como já tinha feito ao Sp. Covilhã no domingo anterior, mas com o guarda-redes a tocar ao de leve.
O Sacavenense aguentava a ofensiva do Caldas e voltava a marcar perto do intervalo. Livre à entrada do meio-campo do Caldas, junto à linha do lado direito. Bebé bateu largo para a área, onde Yuk recebeu, picou a bola sobre Militão e bateu Luís Paulo.
José Vala viu-se forçado a a mexer e abanou a equipa com a entra de Ivo Nabais, ex-júnior que se estreou na equipa principal. Além da entrada do jovem ter aumentado o poder de fogo do Caldas – obrigou Mota a uma das defesas da tarde – teve o condão de libertar João Tarzan para ir buscar a bola mais atrás. O camisola 32 começou então a destacar-se e o Caldas a criar mais problemas ao reduto defensivo, com muitos jogadores envolvidos no processo ofensivo.

“Entrámos com níveis de concentração que não são adequados e cometemos muitos erros. Somos ambiciosos, temos que estar mais focados nos objetivos”
José Vala

A meio da segunda parte, essa pressão do Caldas dava efeito. Um passe entrou nas costas da defesa visitante e isolou João Tarzan, que pressionado nas costas por Yannick foi para o chão no contacto com Mota. Rui Soares não hesitou em dar penalti e Leandro Borges converteu em golo.
Aproveitando o momento da equipa, José Vala lançou André Simões, mas nem houve tempo para a alteração dar efeitos. Na bola de saída, o Sacavenense levou a bola à linha de fundo e, com uma sucessão de passes na área do Caldas, fizeram o 3-1.
O Sacavenense ainda teve uma grande penalidade para chegar ao 1-4, mas Luís Paulo defendeu a grande penalidade de Leo Mofreita.