Peniche admite contestar decisão junto da FPF e AF Leiria

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O GD Peniche pretende enviar uma nota de protesto junto da FPF e da AF Leiria, contestando o facto de não haver subidas e descidas de divisão.
Marco Cerveira, coordenador-técnico do clube, sublinha estar “100% de acordo com o encerrar das actividades”, mas não “com a forma como as entidades o fizeram”. “Os clubes nem sequer foram ouvidos e era importante que o tivessem feito”, explica o técnico, para quem a FPF “adoptou o caminho mais fácil e menos trabalhoso”.
“É muito injusto para as equipas que estavam em condições de subir e beneficia aquelas que não tiveram mérito desportivo. É todo o trabalho de um ano deitado fora”, assegura Marco Cerveira, que revela um “descontentamento dos encarregados de educação”.
“As expectativas eram elevadas e as entidades devem encontrar uma fórmula mais justa. Ou sobem as equipas que venceram a primeira volta ou quem estava em primeiro no momento da interrupção”, frisa o técnico, que ainda coloca a questão: “E a FPF e AF Leiria terão de devolver dinheiro das inscrições e multas? Isto vai levantar outros problemas”.
À Gazeta, o presidente da Associação de Futebol de Leiria, o caldense Manuel Nunes, considera que esta foi a solução “mais razoável” tendo em conta a situação que se vive. “Tomámos uma decisão na sequência de uma decisão da FPF, com base nas orientações do estado de emergência e da Direção-Geral de Saúde. Faltava um terço dos campeonatos e era preciso parar as competições”, nota o dirigente.
Com esta decisão, os clubes têm tempo “para se organizarem”, explica Manuel Nunes, notando que do ponto de vista legal para ser possível haver subidas e descidas “tinha ser feita uma alteração nos regulamentos até 31 de Janeiro, o que não foi o caso”. “Há muitas questões em cima da mesa e vamos necessitar de legislação. Até porque não sabemos quando vai começar a próxima época. Agora a prioridade é a saúde, depois quem cá estiver tratará do futebol”, remata.

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