“Olho o Benfica como um grande prémio para nós”

José Vala garante que o Caldas não vai entrar derrotado e expressa desejo de ver a Mata vestida de preto e branco.

A diferença de patamar competitivo para o Benfica é gigante, mas José Vala promete que o Caldas vai olhar o adversário deste sábado olhos nos olhos.
“O primeiro ponto é que nunca vamos entrar derrotados num jogo, sabendo que as hipóteses são muito curtas”, disse o técnico dos alvinegros no lançamento do jogo. Se nas casas de apostas a vitória do Benfica é praticamente um dado adquirido, José Vala diz que, se tal acontecer, “que aconteça com o Caldas a jogar como joga sempre, até porque temos dificuldade a jogar de outra forma”.
Essa identidade tem causado grandes dificuldades a quem visita a Mata, mesmo para equipas do escalão principal – que o digam o D. Aves, que apesar de se ter apurado para a final em 2017/18, perdeu o jogo da 2ª mão nos 90 minutos, e a Belenenses SAD, que na época passada teve que suar as estopinhas para vencer (3-5).
O treinador do Caldas afirma que a equipa vai ter que estar preparada para estar sem bola e remetida ao seu terço defensivo mais tempo do que o habitual. “Se não acontecer é que seria uma surpresa, quanto a mim”, refere, pelo que “vamos tentar encontrar outras armas para chegar à baliza do Benfica”.
Depois, será necessário os pelicanos exponenciarem aquela que tem sido a sua principal característica esta época, a competitividade que tem estado presente em cada jogo e cada treino, que tem tornado as escolhas do técnico cada vez mais difíceis a cada encontro.
À terceira eliminatória, sair em sorte o Benfica até pode ditar uma saída da Taça ainda cedo, mas José Vala não tem dúvida em olhar para o sorteio “como um grande prémio para nós”. “Quando grande parte deste grupo chegou às meias-finais da Taça, a partir da 3ª eliminatória ansiávamos sempre por um grande”, confessa. Agora esse desejo concretizou-se e o que José Vala quer é que seja “uma festa, num dia que espero que seja memorável para o Caldas, mais um”.
José Vala não tem dúvidas que o jogo vai provocar mais uma grande enchente nas bancadas do Campo da Mata, mas se por norma os jogos dos três grandes têm maioria de adeptos desses clubes nas bancadas, para este jogo o técnico gostava de ver um colorido diferente. “O meu grande desejo é que o Campo da Mata esteja mais de preto e branco do que vermelho”, remata.