Nova direção do Caldas RC quer um clube mais ambicioso

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Alguns dos elementos que formam os novos corpos sociais do clube para os próximos dois anos

Luís Gaspar é o novo presidente e quer reforçar a formação, levar a equipa sénior à Final Four e ter um clube mais inclusivo

O Caldas Rugby Clube tem uma nova direção, presidida por Luís Gaspar, que assume um projeto ambicioso para os próximos quatro anos. O dirigente pretende consolidar o clube como espaço de inclusão, dar mais peso à formação e levar a equipa sénior a novos patamares competitivos.

“Queremos que o Caldas Rugby Clube se transforme num local de inclusão, com os valores do rugby bem representados, que seja a casa de todos os que amam a modalidade”, afirmou o novo presidente, em entrevista à Gazeta das Caldas. O plano da direção, sublinha, começa na equipa sénior mas não esquece as camadas jovens. “A formação para nós é extremamente importante, captar novos atletas, dar-lhes um caminho até à equipa sénior e criar um dinamismo que os faça sentir também o clube”, aponta.

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A direção tem apostado em iniciativas abertas à comunidade, como foi o caso do Open Day realizado na manhã do passado sábado e que deu a oportunidade a todos os interessados de experimentar o rugby. “Recebemos as pessoas para experimentar a modalidade, sempre com o intuito de angariar novos atletas e sócios. Queremos que todos se sintam bem e bem-vindos”, acrescenta. As condições que o clube dispõe no Estádio Dr. José de Melo Silveira Botelho são “extraordinárias para a prática do desporto” e devem ser colocadas ao serviço da cidade, sublinha.

Parte do novo projeto no clube passa pela mudança de paradigma na equipa sénior. Após 23 anos à frente da equipa sénior, o treinador Patrício Lamboglia deixou o cargo. “A saída do Patrício custou-nos muito. É um treinador a quem devemos muito, pela sua experiência e dedicação. Esta casa será sempre dele e será sempre bem-vindo”, garantiu Luís Gaspar.
O sucessor é Brandon Schneider, treinador sul-africano com larga experiência como jogador profissional, incluindo presença na prestigiada Curry Cup. “É um treinador com um currículo invejável, que vem trazer novo dinamismo e coisas novas ao nosso rugby”, afirma o presidente.

Além do técnico principal, o clube está a reforçar a equipa sénior para voltar a discutir os primeiros lugares na 1.ª Divisão Nacional. “O objetivo principal esta época é ir à Final Four, estar no topo”, aponta Luís Gaspar, revelando que a equipa foi pensada e estruturada para isso. Mas a meta não se esgota no curto prazo. “Este projeto a quatro anos – que podem ser mais – é com o objetivo de ser campeão nacional da primeira divisão outra vez e jogar na Divisão de Honra. Com calma vamos atingi-lo, dinamizando todo o clube para alcançar esse patamar”, afirma Luís Gaspar.

Três dos jogadores da equipa sénior vão também assumir funções nas camadas jovens, fazendo a ponte com a formação e apoiando o desenvolvimento dos mais jovens. A nova estrutura conta ainda com reforços fora das quatro linhas, desde novos patrocínios até ao apoio da Câmara Municipal, fatores que aumentam a confiança na execução do plano.

O projeto inclui ainda outras vertentes, como o touch rugby, modalidade sem contacto que funciona como porta de entrada para quem quer experimentar o jogo sem o rigor físico do rugby tradicional. “É uma vertente inclusiva. Quem não gosta de contacto pode jogar rugby e fazer desporto”, explica Luís Gaspar, sublinhando a importância de alargar a base de praticantes e criar um ambiente de convivência.

Um dos pontos que mais orgulha a nova direção é a capacidade do Caldas Rugby Clube em acolher comunidades estrangeiras ligadas à modalidade. “Na zona das Caldas temos uma comunidade grande de sul-africanos, ingleses e irlandeses, que vivem o rugby de uma forma totalmente diferente. À medida que vão sabendo que existe um campo e um clube aqui, começam a aparecer”, conta Luís Gaspar.

A presença destes adeptos sido visível nos momentos de convívio. “Vêm ver jogos, temos um ecrã gigante a transmitir jogos de rugby, beber o seu copinho e comer uma bifaninha, e estão aqui felizes. Sentem-se integrados e esse deve ser também o papel das associações, fazer com que estas pessoas se sintam parte da cidade e bem no nosso país”, refere o presidente.

Mas estas comunidades também estão a ter impacto no crescimento do clube. Segundo o dirigente, cerca de metade dos associados já são estrangeiros, algo que encara como uma mais-valia. “É muito positivo, até porque são pessoas que ajudam financeiramente o clube, permitindo uma gestão mais equilibrada. Mas, acima de tudo, enriquecem o nosso ambiente e dão-nos orgulho em ter um clube capaz de os integrar”, reforça.

Com este projeto, Luís Gaspar e a nova direção querem que o Caldas Rugby Clube seja mais do a sua face competitiva. “Queremos que a comunidade tenha orgulho em ter um clube como o nosso a representar Caldas da Rainha. Acima de tudo, queremos que seja um clube feliz e de harmonia, equilibrado, que sirva a cidade e o rugby nacional”, conclui o presidente.

No sábado realizou-se um open day, para atrair novos elementos para o clube
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