
Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Paulo Raposo, Assistentes: Paulo Freire e Manuel Mendes, AF Santarém
CALDAS 0
Luís Paulo [3]; Juvenal [3], Militão [3], Almeida [3] (C) e Clemente [3]; André Simões [3], Paulo Inácio [3] e Tonicha [3] (João Rodrigues [1] 67’); Januário [3] (Cascão [1] 79’), Johnny [3] e Farinha [3] Cruz [1] 88’)
Não utilizados: Natalino, Diogo Bento, Marcelo, Sabino
Treinador: José Vala
CARAPINHEIRENSE 0
Paulo André (C); João Neves, Carlos Lima, Guilherme e Pedro Luís; Landry, Luís Alves (Eduardo Seixas) e Seidy; João Pedro, Bertrand e Cleiton (Bento Cortesão 78’)
Não utilizados: Bastos, Fábio, Ramalho, Zhang, Hugo Oliveira
Treinador: António Cortesão
Disciplina: Amarelo a Cleiton (30’), Tonicha (39’), Pedro Luís (55’), Militão (70’) e André Simões (90’)
Nem sempre quem mais trabalha é quem mais produz. O Caldas trabalhou muito, trabalhou bem nalguns aspectos, mas aquilo que precisava de fazer melhor não conseguiu e, por isso, num jogo que controlou de fio-a-pavio, não conseguiu melhor que um empate sem golos.
A história deste jogo levou o Caldas de volta a algumas das partidas da primeira fase nas quais perdeu pontos. Claramente mais posse de bola, mais presença no meio campo adversário, mais remates, direccionados ou não com a baliza.
Mas, em toda esta produção de jogo, faltou claramente a capitalização desse trabalho. Em golos, claro está, mas também em oportunidades claras para o fazer. É que de todo o caudal ofensivo do Caldas, nas quatro melhores jogadas a bola não chegou ao finalizador ou à baliza, os remates enquadrados foram de defesa fácil e as situações em que o golo terá estado mais próximo foram duas tentativas de canto directo de Diogo Clemente.
Curiosamente, o lance mais perigoso do Carapinheirense também foi num canto directo que Luís Paulo defendeu com dificuldade.
Volvendo ao início, o jogo até começou bem, com um slalom de Farinha que deixou vários adversários pelo caminho, guarda-redes incluído. O contacto com o guardião foi considerado legal, talvez porque Farinha tinha acabado de endossar a bola a João Rodrigues, mas um defesa intrometeu-se na jogada. Juvenal fez algo idêntico à passagem da meia hora, o centro remate não acertou no alvo, fosse ele a baliza ou a cabeça de Farinha, que entrava ao segundo poste.
O lateral direito, que voltou ao onze inicial, voltou a estar em evidência na segunda parte com mais duas arrancadas, numa ofereceu o golo a Cascão, mas o remate foi bloqueado, e na outra acabou por chocar com Paulo André e a bola saiu para canto.
Tonicha e Januário também tentaram diversas vezes encontrar soluções, quer com cruzamentos, quer com remates de longe, mas nada resultava.
Nem mesmo a entrada de João Rodrigues para ser referência na área resultou. À cabeça do avançado só chegou uma bola, mas muito puxada para a entrada da área e o cabeceamento foi um doce para o guardião.
Melhor do Caldas
Meteu o extremo Cleiton no bolso e fez três das quatro melhores jogadas de ataque do Caldas, aquelas que mais facilmente podiam ter resultado em golo.
Militão, jogador do Caldas
O vento prejudicou as duas equipas. O adversário esteve bem, defendeu bem, baixou as linhas, criou-nos algumas dificuldades e não conseguimos entrar lá. Não me lembro de uma oportunidade de golo flagrante nossa. Temos que ser mais práticos na frente, mais objectivos, focar-nos mais na baliza porque quase não fizemos remates à baliza e isso não pode acontecer. O nosso objectivo era tentar ganhar sempre, na semana anterior tínhamos perdido em Mafra com o jogo controlado, aqui também tentámos ganhar mas não deu.
José Vala, treinador do Caldas
Mais rapidez
Foram duas estratégias diferentes e o Carapinheirense foi mais competente na estratégia que trouxe. Defendeu bem, foram fortíssimos a defender, tínhamos que fazer uma circulação de bola mais rápida, ser mais agressivos para ganhar a bola mais alto. No início até conseguimos fazer isso bem. Pensei que com o vento o fizéssemos mais, acaba por ser um resultado que tem que se aceitar.
António Cortesão, treinador do Carapinheirense
Empate justo
Jogo difícil contra uma boa equipa, jogadores rápidos e uma frente de ataque muito móvel, mas merecemos este ponto porque lutámos muito, com uma entrega total e outro resultado seria injusto.
































