Penálti polémico contra 10 a três minutos do fim assustou, mas reacção forte foi premiada também com castigo máximo que possibilitou a segunda vitória fora em quatro jogos.
Estádio Municipal Nuno Álvares Pereira, Cernache do Bonjardim
Árbitro: Bruno Pereira, AF Viseu
Assistentes: Ângelo Santos e Miguel Mendonça
SERNACHE 1
Mury Edoa; Pedro Henriques, Rodrigo Dias, Leandro Borges (C) e Samuel Vaz; Landry Nkolo (Sérgio Nogueira 46), Dani e Pedro Pinto (Darson Silva 68); Shoya Tojo (Bata 46), Pedro Duarte e Cláudio Mateus
Não utilizados: Bruno Monteiro, Sandro, Simão, Williams
Treinador: António Joaquim
CALDAS 2
Luís Paulo [7]; Juvenal [7], Militão (C) [7], Gaio [7] e Farinha [7]; Yordy [7], André Santos [7] e Pedro Faustino [7]; Januário [7] (Ruca [3] 82), Bruno Eduardo [6] (Simões [1] 63) (Paulo Inácio [5] 65) e Hugo Neto [7]
Não utilizados: Francisco Vieira, Passos, Ricardo Isabelinha, Karim
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 0-1
Marcadores
Januário (45), Pedro Duarte (87 gp) e Hugo Neto (90+5 gp)
Disciplina
Amarelo: Leandro Borges (61 e 75), André Santos (80)
Vermelho: Leandro Borges (75)
Foi à justa mas o Caldas venceu em Cernache do Bonjardim, colou-se ao grupo de quartos classificados a três pontos da liderança e a um do segundo lugar. O golo da vitória surgiu no último suspiro do jogo, ao minuto 95, depois de já ter marcado a terminar a primeira parte. Mas a principal ilação a retirar deste encontro foi mesmo a forma decidida com que os alvinegros reagiram ao golo do empate sofrido aos 87’ de grande penalidade, já a jogar contra 10.
O jogo não foi o mais entusiasmante da época. O Sernache, que não ganha para ao campeonato desde a segunda jornada, ia ser um obstáculo difícil para o Caldas. Nas últimas quatro jornadas a equipa somava empates a um golo, esteve em vantagem nos quatro e viu fugir os três pontos nos descontos nas últimas duas.
Era prova suficiente do valor da equipa do concelho da Sertã e do perigo que poderia oferecer. E o certo é que obrigou o Caldas a estar sempre alerta.
No primeiro tempo os alvinegros enfrentaram uma equipa bem organizada na sua extrema defesa, que tentava depois aproveitar alguma distração dos alvinegros nas transições. Ao minuto 11 os beirões chegaram mesmo a marcar, mas com Pedro Duarte em posição irregular.
O Caldas foi apertando a malha da pressão ofensiva, recuperando a bola cada vez mais à frente no terreno e criando pro gressivamente mais perigo a cada ataque. Até que ao minuto 45 a combinação com Hugo Neto colocou Januário em posição ideal para chegar ao golo.
António Joaquim reagiu colocando dois avançados e alterando o sistema para um 4-4-2 muito ofensivo para a segunda parte, mas o Caldas continuou a controlar. Só depois da lesão de André Simões – entrou aos 63’ e saiu dois minutos depois num lance arrepiante que lhe causou uma fissura num cotovelo – o Sernache se aproximou com mais perigo. Luís Paulo mostrou atenção num lance do lateral Pedro Henriques.
A reacção do Sernache não travou com a expulsão de Leandro Borges, mas o jogo acabou por sorrir na mesma aos caldenses, apesar do susto. Após o empate o Caldas teve energia para carregar e teve prémio ajustado.
Melhor do Caldas

Mais uma exibição muito segura e competente no plano defensivo, que complementa ao aparecer com frequência a atacar a baliza do adversário. Surgiu no campo das decisões com um penálti que lhe foi assinalado num corte limpo, que ‘vingou’ minutos mais tarde ao conquistar o castigo que deu a vitória.
YORDY, JOGADOR DO CALDAS
Demos tudo
Demos tudo, não sabíamos que o jogo se ia complicar tanto, mas no final a equipa deu tudo e conseguimos a vitória. No primeiro lance para mim não é penálti, toquei a bola, mas o árbitro marcou assim e não podemos fazer nada. No outro coloquei a bola por fora e o jogador tocou-me, foi penálti claro. Estou muito contente por estar no Caldas, é uma equipa que funciona como uma família, agradeço ao Senhor estar aqui e a sonhar um dia chegar à I Liga.
JOSÉ VALA, TREINADOR DO CALDAS
Grande espírito
Foi um jogo difícil, uma primeira parte algo amorfa, equilibrada, com mais posse de bola do Caldas e a jogar mais sobre a baliza do adversário e penso que chegámos com justiça à vantagem no final da primeira parte. Sabíamos que iam arriscar na segunda parte, deu sempre aquela sensação que o jogo não controlado, precisávamos de um golo que não surgiu. Depois houve o lance da grande penalidade e um grande espírito até final. O Luís Paulo disse no fim que estas vitórias é que nos dão moral. Fomos um justo vencedor.
ANTÓNIO JOAQUIM, TR. SERNACHE
Sem história
Foi um jogo sem grande história, mal jogado, praticamente sem situações de golo que se decidiu em penáltis que não existem. Perdemos mais um ponto, é o sexto jogo consecutivo a perder pontos no último minuto. Penso que a expulsão também não se justifica, num lance em que o nosso jogador saiu a jogar, foi um jogo mau para as três equipas, mas a experiência do Caldas fez a diferença.































