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O Sp. Caldas e Júlio Reis terminaram no final da época passada um ciclo que durou 25 temporadas. Até à semana passada a identidade do novo técnico permaneceu um segredo bem guardado, mas após a participação no Torneio da Barrinha o clube caldense anunciou o antigo atleta Luís Jardim como o novo treinador. Nesta primeira experiência como treinador de uma equipa sénior masculina, Luís Jardim assume ambição e vontade de evoluir como técnico.
Luís Jardim iniciou o percurso de treinador há cinco anos, com a equipa sénior feminina do Sp. Caldas, função que acumulava com a de jogador. “Ainda me considero um treinador inexperiente, mas tenho um foco grande para continuar a aprender” começou por dizer à Gazeta das Caldas.
Uma vontade que cresceu há dois anos, quando uma mudança a título profissional o levou para os Pedro Eanes do Lobato. “Foi uma experiência muito boa onde aprendi muito. Tive oportunidade de ver outros ambientes, passei a ver as coisas de outra perspectiva e a ter conversas muito longas com outros treinadores, tenho uma grande paixão nessa parte, perco muitas horas a conversar de voleibol e só tenho que agradecer pelo que pude crescer enquanto treinador”.
O convite para regressar ao clube pelo qual jogou durante 16 anos foi algo “inesperado”, confessa. “Sabendo que podia voltar ao clube do meu coração para representar o escalão mais alto, claro que fiquei muito entusiasmado”, acrescenta.
Em relação ao antecessor, Luís Jardim faz questão de lembrar que Júlio Reis foi o responsável pela evolução do voleibol nas Caldas, “se não fosse ele não havia Sp. Caldas na I Divisão”. E foi também o responsável por levá-lo para a modalidade. “Foi buscar-me ao basquetebol quando eu tinha 18 anos”, conta.
Substitui-lo é uma responsabilidade, mas Luís Jardim acrescenta que o próprio cargo de treinador do Sp. Caldas já tem em si essa componente de responsabilidade, uma pressão que o técnico ameniza com trabalho. “Trabalho muito para chegar ao treino muito focado e nestas três primeiras semanas tenho notado uma empatia muito grande com o grupo”, sublinha.
Nesta fase, Luís Jardim não assume objectivos para o final da temporada, até porque o campeonato está em metamorfose em boa parte devido à entrada do Sporting na competição. Por um lado, “ainda estamos a conhecer a nossa máxima força”, diz Luís Jardim. Por outro, a realidade do campeonato será “completamente diferente”, uma vez que “todas as equipas se reforçaram bastante, vão haver surpresas todas as semanas para quem não estiver atento ao que se passa no mercado”.
A experiência no Sp. Caldas começou com uma vitória no Torneio da Barrinha, que não faz embandeirar em arco o grupo. “Nos vídeos que analisámos já identificámos muita coisa que temos que trabalhar, mas temos a pré-época muito bem organizada e penso que vamos entrar no campeonato na máxima força”, considera.
O novo técnico diz-se satisfeito com o grupo que o clube conseguiu montar, um grupo bastante homogéneo, e com a resposta que tem tido nos treinos, o que considera importante porque a fase inicial do campeonato poderá ditar muito do que será a época. Luís Jardim sente também ambição no grupo e acrescenta que ele próprio pode ser dos técnicos “mais inexperientes, mas não há treinador com mais ambição”, realça.
O técnico acredita ainda que a relação que tem com os jogadores, por ter convivido com eles na quadra de jogo, poderá ser um importante aliado. Apesar da relação ter forçosamente que ser diferente agora, “essa proximidade tem sido uma grande vantagem porque consigo comunicar com eles de uma maneira diferente”.
II TORNEIO DAS TERMAS
Este fim-de-semana os caldenses vão ter oportunidade de ver a equipa em acção ao vivo, com a realização da segunda edição do torneio das termas. O Sp. Caldas inicia a competição com o Esmoriz, pelas 20 horas desta noite, 29 de Setembro. Segue-se pelas 22h00 o V. Guimarães-Castêlo da Maia. Os vencidos jogam pelas 15h00 de sábado, 30 de Setembro, pelo terceiro e quarto lugares, enquanto os vencedores disputam a final pelas 17h00. O torneio tem lugar no Pavilhão Rainha D. Leonor.
