O Pêro Pinheiro interrompeu a série de bons resultados do Caldas ao vencer no Campo da Mata (1-2) e começa a revelar-se besta negra dos caldenses na presente época. O Caldas dominou como ainda não tinha feito esta época, mas o golo que faltou ao Caldas, “sobrou” ao Pêro Pinheiro.
Moralizado pelas duas vitórias consecutivas, o Caldas teve um primeiro quarto de hora avassalador, com um futebol vistoso, bem conectado, jogado muitas vezes ao primeiro toque e aproveitando a largura.
Os dois picos deste domínio do Caldas, aos 11 e aos 17 minutos, colocaram Miguel Rebelo nas melhores condições abrir o marcador. Na primeira, servido por Pepo, o camisola 85 acertou na barra e a bola parece não ter ultrapassado totalmente a linha de golo quando ressaltou no solo. Na segunda, a culminar grande jogada ao primeiro toque com Pepo e João Tarzan, Miguel Rebelo acerta na malha lateral, mas pelo lado de fora.
O Pêro Pinheiro jogava com o bloco curto muito recuado, mas espreitava oportunidades para contra-atacar, e a perfeita chegou ao minuto 35. Uma transição promissora do Caldas que não teve a melhor definição no pé direito de Leandro Borges permitiu a saída rápida da equipa do concelho de Sintra por Francisco Bastos, Militão bloqueou o remate de Miguel Veríssimo e Wilson defendeu a recarga de Rafael Carvalho, mas na disputa da segunda bola, o guarda-redes e Gonçalo Agrelo tocaram-se e, por indicação do assistente, Fá Sanhá assinalou grande penalidade. Miguel Rodeia assumiu a conversão e deu vantagem aos visitantes.
O Caldas sentiu o golo sofrido, mas voltou à carga e voltou a estar perto do golo no último lance da primeira parte. Livre à direita, Januário coloca na área para um cabeceamento perigoso de Militão, que passa perto da barra.
Ao intervalo, o Pêro Pinheiro reforço o meio campo, passa a defender em duas linhas, numa tentativa criar mais dificuldades ao Caldas na chegada à baliza, enquanto José Vala colocava um finalizador, com o regresso de Lucas Villela, após lesão. E o avançado justificou a aposta. Com o Caldas a manter o pé bem cravado no acelerador, ganhando 7 cantos em 18 minutos. Num deles, o camisola 98 do Caldas tenta um remate acrobático ao segundo poste, que sai ao lado. Mas o golo apareceu ao minuto 69. Edu coloca na área para Miguel Rebelo, que de primeira serve Villela, que só teve que encostar para restabelecer o empate.
Os pelicanos queriam mais e continuaram a carregar. Gonçalo Barreiras (80’) e Lucas Villela (82’) tentaram de longe, mas Francisco Enes respondeu à altura, e o guardião voltou a negar o segundo ao Caldas a Luís Marcelino, a desviar de cabeça num pontapé de canto.
O golo do Caldas da reviravolta parecia uma questão de tempo, mas este ia escaçeando. E tudo se precipitou para os pelicanos no período de compensação. Sandro Mendes fez a última alteração aos 90+2 para pausar o jogo. O momento ditou uma quebra de concentração do Caldas que foi fatal. Sidney Osei, bem dentro do seu meio campo, captou a bola e lançou Bissula na esquerda, o extremo tirou dois caldenses do caminho e devolveu a bola a Osei, que com um remate bem colocado deu a vitória ao Pêro Pinheiro e gelou o Campo da Mata.
Foi a segunda vitória do Pêro Pinheiro nesta edição da Liga 3, que chega aos 7 pontos, e a primeira derrota do Caldas em casa, que mantém os 12.































