A Académica bateu o Caldas (1-2) no Campo da Mata e ficou a apenas três pontos do apuramento para a fase de subidas, deixando, no processo, o Caldas mais longe desse desígnio.
O jogo começou com a Académica ao ataque, a conseguir aproveitar o muito espaço que o Caldas deixava entre linhas, com simplicidade na troca de bola e movimentos bem encadeados. Os estudantes criaram alguns lances de finalização, mas nos que acertaram a direção, encontraram um defesa caldense no caminho.
O Caldas, que inicialmente surgia numa disposição próxima do 4-4-2 para encaixar na Académica, baixa Pepo para o meio campo para colmatar os espaços que a Académica estava a conseguir criar e uma descida rápida de Marcelo Marquês ditou uma mudança de rumo no jogo. O centro, que Carlos Alves sacudiu com dificuldade, apanhou Januário que só não inaugurou o marcador porque Tusso se colocou entre a bola e baliza.
Os pelicanos cresciam na partida e, de repente, as oportunidades passaram a surgir na baliza da Académica. André Perre (17’) não conseguiu aproveitar corte deficiente de D’Ávilla e atirou à figura de Carlos Alves. Depois, num canto, foi Miguel Rebelo que, assistido por Leandro Borges, acertou no guardião.
Sem golos na melhor fase de cada equipa, o jogo passou para uma fase de maior equilíbrio. Mas nem por isso as oportunidades cessaram. Ao minuto 27, foi a vez da Académica estar muito perto do golo. João Silva desviou à barra um centro de Aloísio, num lance em que a Briosa voltou a explorar a direita do Caldas.
Os alvinegros responderam num contra-ataque a um livre, em que conseguiram colocar Pepo, Januário e Marcelo Marquês (37’) para um defensor da Académica, mas o extremo atirou ao lado, na passada.
A fechar a primeira parte, a Académica voltou à carga e teve nova oportunidade quando Perea ganhou a bola no meio campo de ataque, passou três defesas do Caldas e ofereceu o golo a João Silva (44’), mas Diogo Garrido negou-lho.
Os estudantes não marcaram a fechar a primeira parte, marcaram a abrir a segunda. João Silva furou à esquerda, Militão ainda cortou o primeiro centro, mas o segundo saiu direito ao pé… direito de Chico (46’), que aplicou um remate de primeira que não deu hipótese a Diogo Garrido.
O Caldas assumiu o jogo à procura do empate e cresceu com as entradas de Yordy e Villela, que renderam (58’) Marcelo Marquês e o amarelado Pepo (viu quinto amarelo e falha a receção ao Sporting). Mas foi Militão a dar o mote. Numa transição rápida, o central galgou terreno num contra-ataque de quatro para quatro, recebeu de Tarzan e atirou para a defesa de Carlos Alves. Depois foi Januário (63’) a tentar um golo olímpico, mas Carlos Alves estava, novamente, atento. Cedeu canto, mas depois nada pôde fazer, na sequência deste, quando Luís Marcelino, a entrar em movimento, cabeceou certeiro para o empate (64’).
Não durou, contudo, o empate. Numa jogada toda desenvolvida pelo corredor central, a Académica voltou à vantagem. Perea deixou já na área para João Silva desviar ao poste, a bola ficou à mercê de Vitinho (72’) que só teve que encostar.
A vantagem era ouro para os estudantes, que foram inteligentes na gestão da partida, reduzindo os espaços de construção ao ataque do Caldas. Os pelicanos procuraram a baliza, mas com tremendas dificuldades para desmontar o sistema defensivo da formação de Coimbra. A oportunidade surgiu com o jogo a terminar, num livre comprido que apanhou Militão solto na área para a finalização, mas o capitão apanhou mal a bola e esta acabou por sobrar para um defensor, que limpou o lance.
Com 9 pontos por disputar, o Caldas é sexto com 20 pontos, menos 4 pontos que o quarto classificado, o Sp. Covilhã, que tem um jogo a menos, e menos 6 que o Atlético, que é terceiro.
No próximo domingo (17h30) os pelicanos voltam a jogar em casa, contra o segundo classificado, o Sporting B.































