Jornada proveitosa para o Caldas

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Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Rui Soares, Assistentes: Pedro Gorjão e Filipe Lascas, AF Santarém
CALDAS 3
Luís Paulo [2]; Juvenal [4], Militão [3] (C), Rony [3] e Clemente [3]; André Santos [3], Paulo Inácio [3] e Simões [3] (Sabino [1] 86’); Tonicha [3] (Cruz [3] 64’), Johnny [2] (João Rodrigues [1] 78’) e Farinha [4]
Não utilizados: Natalino, Diogo Bento, Rui Almeida, Marcelo
Treinador: José Vala
Naval 0
Tiago Colaço; Oussama, Jourdan, Matteo e Bernardo (Anderson 53’); Andrei, Hugo (C), Gabriel e Xavier (Gil 27’) (Octacílio 66’); Xavier Gil e João Silva
Não utilizados: Igor, Ivan, Esgaio, Baitik
Treinador: Mário Serpa
Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Farinha (32’), Tonicha (43’) e Tiago colaço (90’+4 p.b.)
Disciplina: Amarelo a Octacílio (83’)

 

notícias das Caldas
O Caldas teve muitas oportunidades de golo e podia ter construído um resultado muito volumoso | Joel ibeiro

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O Caldas venceu a Naval sem dificuldades e teve uma jornada favorável, na qual só não ganhou pontos ao Alcanenense. Os alvinegros dominaram amplamente a equipa da Figueira da Foz e o resultado podia ter sido muito mais dilatado.
São impressionantes os números finais da partida. A Naval fez apenas um remate à baliza de Luís Paulo, num livre a queimar o minuto 90 que saiu à figura do guardião. E essa foi uma das grandes conquistas dos verde e brancos na partida, a par de um canto ao minuto 72. De resto, para receber a sua quota de aplausos, Luís Paulo teve que sair da sua área dominar um atraso longo de André Santos e driblar dois adversários…
Tudo o resto foi um domínio claro e completo do Caldas, que fez em média um remate a cada três minutos de jogo, acertou nove vezes na baliza e conquistou 13 pontapés de canto.
Posto isto, o Caldas só não teria vencido se tivesse estado perante uma tarde de azelhice, o que também não aconteceu.
A equipa da Naval compensou a falta de capacidade ofensiva, e também a falta de agressividade na procura da bola, com uma organização que criou alguns problemas ao Caldas, com duas linhas de quatro juntas e bem recuadas no terreno.
Mesmo assim, o Caldas foi encontrando soluções com variações de flanco proporcionadas pela integração dos dois laterais praticamente a tempo inteiro na manobra ofensiva.
Juvenal ia brilhando particularmente no capítulo das assistências, mas o golo tardava em aparecer, ou porque os remates saíam ao lado, ou porque havia alguém a intrometer-se no caminho da bola. Isto até Farinha ter encontrado a solução com um remate da meia direita que ainda bateu no poste antes de aninhar na rede.
O Caldas estava na frente e depressa se percebeu que dificilmente o rumo do jogo se alteraria. Ainda antes do intervalo Tonicha fez o segundo.
Na segunda parte, mais do mesmo, com o Caldas num exercício contínuo de ataque, muitos cruzamentos, muitos remates desenquadrados, mas sempre presente a sensação de que novo golo só poderia acontecer na baliza de Tiago Caetano. E assim foi, com Farinha a acabar o que começou no derradeiro lance do jogo, com o guarda-redes Tiago Caetano a desviar para a própria baliza um cruzamento na linha de fundo.
Notícias das CaldasMELHOR DO CALDAS
Farinha 4
Dividiu protagonismo com os muitos e bons cruzamentos de Juvenal à direita. Teve, no entanto, papel mais decisivo ao marcar o primeiro golo e ao fazer a jogada que resultou no terceiro. Acrescentou ainda “nota artística” na fase final com um lance de espectacular recorte técnico junto à linha de fundo.

notícias das CaldasPaulo Inácio, jogador do Caldas
Podiam ter sido seis, sete ou mais
Sabíamos que ia ser um jogo de sentido único, não conseguimos materializar todas as oportunidades que tivemos, marcámos três, podiam ter sido, seis ou sete ou até mais. A exibição podia ter sido um pouco melhor mas o principal eram os três pontos e isso foi conseguido. Agora é ir a Sernache procurar a vitória, já não ganhamos fora há algum tempo. Matematicamente não temos o campeonato feito. Temos sido fortes em casa, mas fora não tem sido o campeonato que desejamos mas duas vitórias seguidas pode dar-nos uma distância para quem vem atrás. A nível pessoal felizmente as coisas têm corrido bem, colectivamente não foi como estávamos à espera. Espero continuar a ajudar o Caldas, é esse o meu objectivo.

José Vala, treinador do Caldas
Vem aí o jogo mais importante
Fizemos uma boa primeira parte, criámos muitas situações, o golo demorou um bocado mas chegámos ao intervalo com 2-0. A segunda parte não foi tão bem conseguida, mas tivemos muitas oportunidades na mesma, a eficácia foi reduzida mas o resultado nunca esteve em questão. Encarámos estes dois jogos como duas finais, ganhámos o primeiro, se ganharmos o próximo resolvemos a questão, senão vai uma luta ser até ao fim. Esta semana de trabalho e o próximo jogo vão ser os mais importantes da época.

Mário Serpa, treinador da Naval
Resultado escasso
O Caldas foi superior a todos os níveis, tentámos ser organizados e lutar com o que tínhamos. Sofremos dois golos de rajada, o que ditou um pouco o que seria a segunda parte. Acho que até foi um resultado escasso. Dignificámos a camisola com o carácter destes jogadores. Temos miúdos que jogaram na véspera pelos juniores.

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