Jorge Reis, presidente da direcção do Caldas, não tem dúvidas em apontar a presença na meia-final da Taça de Portugal como “um momento extraordinário na vida do clube. Mas estes jogadores não fizeram só história no Caldas, fizeram no futebol português. Estarmos nos quatro melhor desta prova significa muito e é resultado do trabalho de todo o grupo que tem sido inexcedível no trabalho”.
O presidente do clube realça o envolvimento da comunidade caldense, e das localidades vizinhas, algo que espera que venha para ficar. “Era uma coisa que buscávamos há muito tempo, já na direcção do Vítor Marques tínhamos como lema aproximar o Caldas das Caldas. Penso que isso tem sido feito e estes jogos com Arouca, Académica e Farense contribuíram muito para isso”. A presença de mais adeptos do que o habitual no jogo em Coruche terá sido já um sinal de maior interesse pelo clube.
Jorge Reis confirma que nas últimas semanas se tem registado “um grande número de pessoas a querer fazer-se sócios” e deixa o apelo a que este movimento se mantenha. De resto, o clube vai estar atento e vai continuar a criar medidas de incentivo. Uma delas tem efeito já este domingo, no jogo com o Sintrense, no qual todas as pessoas que apresentarem o bilhete do Caldas-Farense terão entrada gratuita no Campo da Mata. “Compareçam na Mata, apoiem estes jovens, porque o clube merece e precisa de todos os caldenses”.
Pedro Raposo, vereador da Câmara das Caldas com o pelouro do desporto, refere que o município tem assistido ao percurso do Caldas “com particular satisfação” e afirma que esta projecção é justa recompensa pela qualidade do trabalho que é realizado de há vários anos. “Quando se ultrapassa Arouca, Académica e Farense não é só sorte, tem que haver qualidade de trabalho dos jogadores, da equipa técnica e dos dirigentes”, observa.
O vereador sublinha que a campanha do clube tem conseguido mobilizar toda a comunidade caldense e também dos arredores. “O Caldas voltou a ser falado nas ruas, nos cafés, no trabalho”, realça.
Pedro Raposo diz que este é “um momento muito positivo do desporto caldense”, juntando à campanha do Caldas os resultados do Sporting das Caldas no voleibol.
Abrindo o plano a todo o panorama desportivo do concelho, o vereador realça a política de apoio da Câmara ao associativismo e diz que o desporto nas Caldas “está bem entregue, bem coordenado e dirigido”, sublinhando a forma como as diversas associações e modalidades cooperam e se entendem na utilização dos recursos existentes.


RECEPÇÃO AO AVES TEM QUE SER NA MATA
Caldas e Câmara não querem sequer ouvir falar na hipótese de o encontro com o Aves, da segunda-mão da Taça de Portugal, prevista para 18 de Abril às 20h15, se realize noutro local que não o Campo da Mata.
“Desde a primeira hora que estamos a trabalhar para isso e tudo vamos fazer para que o jogo seja na Mata, é o nosso campo” realça Jorge Reis, presidente do Caldas.
Tal como no encontro com o Farense, o clube terá todo o apoio do município para criar as condições para manter o encontro nas Caldas.
“Os critérios necessários serão os mesmos que os dos quartos-de-final”, diz Jorge Reis, que não poupa elogios ao trabalho de apoio da PSP que tornou possível esse encontro na Mata e acredita que neste não será diferente.
Pedro Raposo diz que autarquia e clube são conhecedores do regulamento da federação e do Regime Jurídico contra violência nos estádios. “Estamos conscientes das exigências e do nível de qualidade quer do campo do D. Aves como do Campo da Mata, e também da nossa capacidade de incrementar melhorias pontuais que dão resposta ao jogo”.
E também acredita que a criação dessas condições não obrigarão a um grande investimento. Alem de tudo o que foi feito para acolher os quartos-de-final, poderá ser necessário definir melhor a lotação das bancadas. A colocação de cadeiras não está, para já, em equação, até porque a estrutura envelhecida das bancadas pode nem permiti-lo. Mas há outras soluções, que podem passar por colocar marcas a cada meio metro para delimitar o espaço para cada espectador. Deste modo, “teremos uma lotação mais realista, assegurando condições de segurança, conforto e festa”, diz o vereador.
Caso seja necessário encarar uma solução mais dispendiosa, poderá ser ponderada a utilização da verba que o Caldas já angariou na competição, ou parte dela, “mas não colocamos para já essa hipótese”, acrescentou Pedro Raposo.
As condições para a transmissão televisiva estão já asseguradas.
De resto, além do Caldas e da autarquia, também a AF Leiria estará envolvida em todo o processo de qualificação do recinto, “porque reconhece também está a ser promovido trabalho que é realizado no distrito”, acrescentou Pedro Raposo.
Jorge Reis acrescenta que, no caso da Mata ser ‘chumbada’, a federação tem que definir no início de cada época quais sãos os clubes que estão em condições para jogar em casa. “Cria-se a expectativa nos clubes pequenos de que podem receber um grande, mas depois isso não se concretiza e isto deixa de ser a Taça e passa a ser um negócio”.































