João Almeida chegou ao início da tarde desta segunda-feira a Lisboa, juntamente com Ruben Guerreiro, após ter terminarem ambos com resultados históricos a participação no Giro D’Italia. O ciclista de A-dos-Francos disse que ainda não tem bem noção do que fez.
Os dois ciclistas chegaram por volta das 12h30 ao Aeroporto Humberto Delgado e à sua espera tinham uma comitiva liderada pelo presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, e na qual se encontrava o presidente da Câmara das Caldas, Tinta Ferreira. Foram recebidos mediante apertadas medidas de segurança, tendo em conta as restrições devido à pandemia de covid-19.
Após a chegada a Lisboa, ambos participaram numa conferência de imprensa, na qual João Almeida fez “um balanço mais do que positivo” da sua primeira participação numa grande volta. “Estou muito satisfeito, começámos com a camisola rosa por um dia, com o objetivo de ver, dia a dia, até quando a podíamos manter. Foram 15 dias, o que foi surpreendente. Estou muito grato à minha equipa, sem ela isto não teria sido possível”, disse João Almeida.
O jovem ciclista disse que só agora lhe começa a cair a ficha, mas “ainda não sei bem o que fiz”, afirmou. João Almeida reconhece, porém, que o resultado lhe traz “bastante responsabilidade” para o futuro, e que vai obrigar a um trabalho árduo num pelotão internacional que está “com um nível muito elevado”.
Ruben Guerreiro, ciclista de Pegões que representou o Alcobaça Clube de Ciclismo nos escalões de formação, faz um balanço “muito positivo” da participação no Giro. Diz que a camisola azul foi “bónus” numa etapa que atacou para ganhar, esse sim um objetivo que levava para a prova transalpina. A conquista da primeira camisola por um português numa grande volta “catapulta” a sua carreira, acredita Ruben Guerreiro, que depois de um “merecido descanso” vai traçar novos objetivos para o próximo ano.
Delmino Pereira, presidente da federação, saudou os dois ciclistas, lembrando que fizeram história no ciclismo português. O antigo ciclista elogiou o esforço de João Almeida. “A forma como defendeu a camisola rosa apaixonou os portugueses, que viveram a competição com grande intensidade”.
O dirigente realçou que os dois ciclistas são símbolos de uma nova geração de ciclistas e que constituem exemplos que podem motivar os mais jovens a seguir a modalidade.
