O treinador caldense Hugo Madruga vai treinar o Vólei Clube de Viana, de Viana no Castelo, naquela que será tanto a estreia do clube na I Divisão como do técnico no comando de uma equipa sénior. Hugo Madruga encara a mudança com optimismo, até porque já era desejada e acredita que é possível fazer um bom trabalho. Mesmo assim não esquece o Sp. Caldas, clube que acredita poder entrar na elite do voleibol nacional.
Hugo Madruga contou à Gazeta das Caldas que esta oportunidade surgiu por um conjugar de situações. Por um lado pela experiência que teve como adjunto de Júlio Reis no Sp. Caldas e também nos escalões de formação do clube caldense, como pela carreira que teve enquanto jogador, inclusivamente no norte do país.
“Joguei em alguns clubes do norte, inclusivamente no VC Viana, fiz o meu estágio em Viana do Castelo, a minha mulher é de lá”, enumera o treinador. Por outro lado, o VC Viana sagrou-se campeão da II Divisão mas o técnico não continuou, por motivos pessoais. “Queriam pessoa da terra, com conhecimento do projecto e da I Divisão e eu tinha essa ambição há alguns anos, sempre quis ir viver para o norte e a situação instável que se vivia no meu local de trabalho, tudo se conjugou para dar este passo”, explica.
Hugo Madruga diz que “as pessoas muitas vezes têm medo da mudança, vou fazer uma mudança muito grande mas tenho confiança que venha a ser uma mudança muito positiva, porque vou ao encontro do que sempre quis fazer”, acrescenta.
Os objectivos são ambiciosos. Não tem sido sempre fácil para as equipas que sobem ao escalão principal conseguirem manter-se, por isso o objectivo primordial passa por construir um projecto sólido “para nos afirmarmos na I Divisão”, conta.
Para isso o clube manteve a estrutura do plantel campeão na divisão secundária e vai reforçar-se em posições que já estão definidas. “Vamos ter uma equipa bastante competitiva”, acredita o técnico. O objectivo é lutar pelo play-off de I Divisão, fazer um campeonato sem percalços.
“Não me pedem títulos nem a Elite, essa está reservada para alguns clubes, entre os quais acredito que possa estar o Sp. Caldas, pela valia do plantel”, admite Hugo Madruga.
De resto, o técnico assegura que o seu clube será sempre o Sp. Caldas. Por isso, esses serão encontros difíceis. “Vai ser difícil jogar contra eles, mas sei que vou ser bem recebido quando vier às Caldas, como o Sp. Caldas vai ser bem recebido quando for a Viana do Castelo”, assegura.
Este será mais um passo na carreira de Hugo Madruga enquanto treinador, que apesar de reconhecer querer chegar a um nível elevado, não quer queimar etapas. “Quero afirmar-me em Viana do Castelo, construir um projecto sólido e depois o futuro a Deus pertence”, afirma. Chegar ao topo é algo que “não podemos pensar que é inatingível, é atingível, mas é preciso trabalhar muito para lá chegar, como trabalharam os que lá estão”, afirma.
O exemplo volta a ser o Sp. Caldas. “Se há 15 anos alguém dissesse que o Sp. Caldas ia ser uma referência a nível nacional ninguém acreditava, mas hoje é uma referência” e, por isso é um exemplo a seguir.
Hugo Madruga deixa um agradecimento à população caldense por todo o apoio que lhe deu e deixa uma mensagem: “continuem a gostar de voleibol a encher o pavilhão”.































