Golo tardio de João Rodrigues mantém o Caldas na Taça

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Gazeta das Caldas

1-Bola fora Peniche_9869 copyEstádio do GD Peniche, Peniche
Árbitro: Fábio Piló (AF Leiria). Assistentes: Bruno Vicente e Henrique Brites

Peniche            1

Sérgio Nobre; Diogo Bento, Ricardo Cardoso, Marco Duarte e João Miguel (Mário Henriques, 90+2’); Pidocha (C), Ion Cararus e Motinha; Ricardinho, Valdir (Paulo Henriques, 70’) e Alexei Panfilov; (Amar 64’)
Suplentes: Fábio Mendonça, Ruben Oliveira, Ruben Sancheira, Gustavo Martins
Treinador: Pedro Solá
Caldas            2

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João Guerra [3]; André Santos [4], Militão [3] (C), Rony [3] e Danny Rafael [3]; Paulo Inácio [3] (Diogo Clemente [2] 79’), Tiago Esgaio [4] e André Simões [3] (João Rodrigues [3] 56’); Telmo [3] (André Cruz [1] 90+2’), Diego Zaporo [3] e Sabino [3]
Suplentes: Luís Paulo, Nuno Januário, Marcelo Santos, Rui Almeida
Treinador: Ricardo Moura
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Diego Zaporo (20’), Valdir (26’) e João Rodrigues (89’)
Disciplina: Amarelos a Diogo Bento (15’), Motinha (35’ e 54’), Militão (50’), André Simões (53’), Paulo Inácio (76’), Telmo (86’), Paulo Henriques (90’+4) e Ricardinho (86’). Vermelho por acumulação a Motinha (54’) e directo Danny Rafael (82’)

Um golo feliz de João Rodrigues a um minuto do fim permitiu ao Caldas garantir a presença na segunda eliminatória da Taça de Portugal, na qual já entram as equipas da Liga 2. Garantiu também o melhor arranque dos últimos 21 anos para os pelicanos. É que a última vez que venceram os três primeiros jogos oficiais foi em 1994/95.
Foi uma partida de grande disputa na zona intermédia, com muito contacto, muita pressão de parte a parte e pouco espaço para trocar a bola. Ambos os conjuntos perceberam, contudo, que era possível aproveitar os espaços nas costas das defesas.
Com os dois meios campos em choque, a solução para criar perigo eram os passes compridos.
É dessa forma que o Caldas chega a vantagem, num lance em que Sabino foi solicitado à esquerda, cruzou de primeira para Zaporo encostar de cabeça ao segundo poste para o quinto golo em três jogos.
O Peniche respondeu de livre, situação de jogo bem trabalhada pelos penichenses. Ricardinho enganou toda a gente e colocou a bola ao primeiro poste, um desvio ainda que subtil de Valdir bateu João Guerra.
O jogo acalmou um pouco, mas voltou a agitar na fase final do primeiro tempo. Primeiro André Santos ficou perto do golo com um remate de longe na ressaca de canto. Depois Valdir quase repetiu a proeza respondendo a um passe longo, bateu a saída de João Guerra mas falhou o alvo, Militão também controlava o lance. E no canto Marco Duarte acertou na barra.
Na segunda parte a expulsão de Motinha deu o controlo do jogo ao Caldas. Das alas surgiram cruzamentos em grande número, mas o Peniche organizou-se bem. E terá sido ‘traído’ pela vontade de voltar a discutir o jogo depois da expulsão de Danny Rafael, numa situação que não foi explícita.
Pedro Solá refrescou o ataque e o Peniche estendeu-se no campo, mas também se expôs mais. Aproveitou João Rodrigues, que num lance em que ficou solto na área foi feliz num remate que desviou em João Miguel para bater Sérgio Nobre.

MELHOR DO CALDAS
Tiago Esgaio copyTiago Esgaio    4
Foi um médio todo-o-terreno, ou como se diz hoje em dia um box to box, que garantiu estabilidade na acção defensiva e profundidade ofensiva, imprimindo grande combatividade ao jogo do Caldas, mas também qualidade no passe e presença na zona de finalização.

 

 

 

Joao Rodrigues copyJoão Rodrigues, jogador do  Caldas
Jogo muito difícil
O golo aconteceu, marquei mas não creio que tenha sido eu a decidir o jogo. O futebol é algo diferente, é o pessoal todo a puxar um pelo outro e sem os outros jogadores aquela situação não tinha acontecido, foi a malta toda junta. Foi um jogo muito difícil, não esperávamos outra coisa e temos que lhes dar também os parabéns. No próximo domingo voltamos aqui ainda com mais força, sempre com o pensamento na vitória onde quer que seja. Os meus objectivos são lutar para ser melhor e ajudar a equipa a ser também cada vez melhor.

 

 

Ricardo Moura, treinador do Caldas
Podíamos ter feito melhor
O mais importante  era passar e estamos satisfeitos por aí, mas não estamos totalmente satisfeitos com a exibição, não foi um bom jogo  de parte a parte e podíamos ter feito melhor. Foi dos três jogos que fizemos o menos conseguido. Não fomos tão pressionantes  como nos jogos anteriores, demos algum espaço, nas segundas bolas não estivemos tão fortes e em termos ofensivos não fomos tão dinâmicos. Também foi um jogo quezilento. Vamos aguardar pelo próximo adversário, queremos fazer a melhor campanha possível.

Pedro Solá, treinador do Peniche
Expulsão condicionou
O jogo ficou condicionado com a expulsão do Motinha. Deixámos de ter posse de bola e de lançar ataques rápidos e quando já se estava à espera do prolongamento surge aquele lance fortuito. Era justo levar o jogo para prolongamento e depois se via quem seria mais forte. A ambição é ficar nos lugares da frente, estamos com condicionantes, quando tivermos todos os jogadores disponíveis podemos dar outra resposta.

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