
Pelicanos marcaram de canto por Ricardo Isabelinha e, apesar dos sete meses sem competir, aguentaram reação do Sintrense, mantendo a liderança
O Caldas estreou-se, finalmente, na época 2020/21 e com uma vitória no terreno do Sintrense.
Após a falta de comparência do Fátima e de terem ficado isentos na 1ª eliminatória da Taça de Portugal, os pelicanos puderam subir a um relvado para um jogo a contar, quase sete meses depois da última partida, a 8 de março.
A falta de ritmo competitivo poderia revelar-se um problema para o conjunto de José Vala, por isso o golo madrugador, apontado por Ricardo Isabelinha ao quarto minuto de jogo, foi ouro sobre azul.
“Estou feliz por ter marcado, mas o mais importante foi vencer, fora de casa, depois de sete meses parados. Tivemos uma atitude muito boa”
Ricardo Isabelinha
Depois de sentir uma primeira ameaça do Sintrense, quando ao minuto 2 Benny cruzou e António Xavier desviou ao lado, o Caldas foi ao ataque. Juvenal recuperou uma bola perto da área e cruzou para Isabelinha, mas Tomás Loureiro cortou para canto. Porém, à segunda a bola, colocada na área por André Perre, chegou mesmo à cabeça do camisola 7, que solto ao segundo poste colocou a bola no fundo das redes.
O Sintrense, que vinha de duas derrotas, acusava o golpe e, no ataque organizado, não conseguia desmontar o sistema dos alvinegros, com quatro médios que, sem bola, ocupavam bem os espaços interiores. O Caldas só concedia espaço após a perda de bola em momentos ofensivos.
Ao minuto 15, os sintrenses tiveram a melhor oportunidade da primeira parte, num contra-ataque em que António Xavier se atrapalhou com a bola, pressionado por André Santos.
À meia hora, Luís Paulo fez a defesa da tarde a um cabeceamento de Yassine, na sequência de um pontapé de canto.
“Notava-se ansiedade nos treinos e o jogo era perigoso por isso. Fomos pragmáticos. Entrámos concentrados e o golo deu segurança”
José Vala
Na parte final do primeiro tempo, o Sintrense começou a insistir pelos corredores, sobretudo o direito, e voltou a criar perigo nas combinações entre França e António Xavier, mas a defensiva caldense não permitiu finalizações.
Ao intervalo, José Vala colocou Marcos no lugar de Mauro Eustáquio para travar o jogo mais lateralizado do Sintrense e explorar alguma velocidade com a bola. Mas foi sobretudo com remates de meia distância, por Ricardo Isabelinha, André Perre e Marcos Santos, que o Caldas se voltou a aproximar da baliza de Diogo Garrido.
Já o Sintrense foi crescendo com as substituições e apertando o cerco. Luís Paulo voltou a mostrar serviço a um desvio de Benny perto da pequena área, num contra-ataque conduzido por António Xavier.
Foi já no quarto de hora final que o Sintrense mais se aproximou do golo, em dois lances em que Juvenal serviu de última barreira. Logo a seguir, Danilson lesionou-se e o Sintrense ficou reduzido a 10.
O Caldas voltou a respirar e manteve uma vitória que o grupo dedicou ao sócio e colaborador Manuel Loureiro, falecido recentemente.
































