
Após dois anos de interregno devido à pandemia, clube voltou a trazer ginástas de topo
O Pavilhão Rainha D. Leonor voltou a encher-se de público e de ginástica de grande qualidade com o regresso do Festival Internacional das Caldas da Rainha. Além de poder ver os ginastas do clube nos seus diversos graus de evolução, desde a iniciação até à competição, foi possível ver atletas de elite com títulos europeus e mundiais em várias disciplinas da ginástica.
A noite começou com as duas classes dos mais novos do Acrotramp que apresentaram um esquema alusivo aos 30 anos do Acrotramp. Daí em diante, cada uma das classes apresentou ao público os esquemas preparados ao longo do último mês especialmente para o festival, pensado também para mostrar o que aprenderam ao longo do ano e a sua evolução, atuações sempre aplaudidas com entusiasmo pela plateia. As atuações foram intercaladas com a história do clube, que ultrapassou este ano os 100 títulos de campeão em competições nacionais.
Terminada a atuação dos ginastas da casa, entraram em ação os convidados, de entre os quais se destacaram três conjuntos de acrobática, incluindo os campeões do mundo Bruno Ramalho e Fábio Beco, assim como vários medalhados em europeus e mundiais no duplo minitrampolim e da cama elástica, que proporcionaram saltos de dificuldade superior, incluindo triplos mortais com meia pirueta.
Stélio Lage, fundador, presidente e técnico do clube caldense, mostrou-se feliz pelo Acrotramp poder voltar a proporcionar este espetáculo, interrompido pela pandemia durante dois anos. “Foi muito bom e o feedback que recebo é que foi um sucesso, também temos a sorte de termos um nível elevado de atletas”, afirmou.
O clube habituou os caldenses a este tipo de espetáculo, mas Stélio Lage diz que é cada vez mais difícil manter a festa anual nestes moldes. “Grande parte dos clubes vêm pela amizade, como por exemplo o Luís Nunes e o Carlos Matias, que já nos conhecemos há mais de 30 anos”, mas acrescenta que é difícil trazer atletas de topo, que começam a pedir cachê para participar em eventos. “Os estrangeiros vêm porque é tudo pago. A Câmara dá uma verba que não é má, mas o festival ultrapassa largamente esse apoio”, acrescenta.
No discurso, Stélio Lage voltou a pedir à autarquia a ampliação do espaço de ginástica no pavilhão, que tem capacidade lotada e não permite abrir novas áreas gímnicas, como a ginástica para todos que exige uma área de praticável permanente que o clube atualmente não consegue dispor.
Vítor Marques, presidente da Câmara, reconheceu o trabalho e a mais-valia que o clube traz na prática desportiva e prometeu “avaliar” a melhoria das condições do clube, como fazem “com todos os outros clubes”. ■






























