
Foram 174 dias sem futebol para o Caldas, período que chegou ao fim no passado sábado. A bola voltou a rolar para o primeiro jogo de preparação com vista à nova época. Os tempos de pandemia que se vivem fazem com que esta partida tenha tido um cenário muito diferente da última disputada, na Sertã a 8 de Março, a começar pela ausência de público. Lá dentro e com a bola a rolar é o mais “normal” que se encontra, mas até durante o jogo é tudo muito mais frio. O Caldas venceu por 2-1, com golos de Farinha e Gonças
Há um número limitado e controlado de pessoas que podem entrar no Campo da Mata. À entrada pelo portão de acesso aos balneários, a única em serviço, há dispensadores de álcool gel e ninguém passa sem aferir a temperatura.
Enquanto o Caldas se divide pelos balneários do Campo da Mata, o Loures utiliza os da Quinta da Boneca.
Estas são algumas das medidas que viabilizam, nesta altura, a realização de jogos, após a autorização da Direção-Geral de Saúde. A partida nem sequer foi divulgada, para que a curiosidade não levasse os adeptos a aproximarem-se da equipa nesta fase.
Em campo não há os habituais cumprimentos entre equipas, a não ser à distância, e as interacções habituais também não se vislumbram.
“Antes do jogo sentimos alguma insegurança, não sabemos o que se passa na vida das outras pessoas, nem eles nas nossas, é difícil controlar essas emoções, mas quando a bola começa a rolar esquecemos isso”, relata Thomas Militão.
O capitão alvinegro diz que, de todas as rotinas, o que mais falta faz é o grupo estar todo reunido no balneário. “É um local sagrado para cada equipa, mas agora tem que ser assim. Estamos num mundo diferente, tentamos fazer as coisas da melhor maneira para a segurança de todos”, relata o central, que elogia a forma como o clube tem desenvolvido o seu plano de contingência, na protecção dos seus atletas.
A partir do momento em que a ordem é para jogar, o foco sai do vírus e passa a ser o jogo e a bola. Thomas Militão realça que o jogo é fundamental na preparação da equipa, porque proporciona situações que não se podem reproduzir em treino, fundamentais para perceber se o conceito de jogo está ou não a ser assimilado pelo grupo, e também para a integração dos novos jogadores se faça de forma plena.
Os cuidados voltam a cada pausa no jogo e, no intervalo, a primeira coisa que o capitão faz é lembrar que é preciso desinfectar as mãos.
No final da partida, nem as bolas escapam, todas são desinfectadas.
e O JOGO…
No primeiro 11 da época, José Vala fez alinhar Luís Paulo na baliza. Defesa a quatro com Juvenal, Militão, Yordi e Farinha. Mesmo número de médios, com Marcelo Santos e André Perre mais por fora e Leandro Borges e André Santos por dentro. Ataque entregue a João Tarzan e Marcel Rosas.
Os pelicanos exibiram-se em bom plano no primeiro tempo, mostrando rotinas bem trabalhadas na pressão defensiva e na ocupação dos espaços sem bola e nos desdobramentos ofensivos com ela. Chegou ao golo num belo lance que envolveu André Perre, Tarzan e Farinha, que finalizou com um remate colocado.
Na segunda parte, o júnior Gonças fez o 2-0 num remate colocado e o Loures reduziu perto do fim, de penalti.
Oito jogadores ficaram de fora por lesão: Rui Oliveira, Marcelo Marquês, Marcos, Simões, Ivo Nabais, Paulo Inácio e Januário.






























