Futebol: Caldas faz balanço positivo da época e já prepara a próxima

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José Vala quer garantir que o clube tenha mais campos para treinar na próxima época

Treinador, capitão e presidente querem ver o Caldas dar o próximo passo, mas é preciso mais apoio

José Vala, Militão e Jorge Reis fizeram na passada segunda feira um balanço positivo da campanha 20223/23 da equipa principal do Caldas, numa entrevista à Rádio Pensar Fora da Caixa. O trio considerou que o clube está a atravessar um momento muito positivo da sua história, mas alertaram que é necessário passos para que este trabalho se consolide, sob o risco de todo o trabalho realizado nos últimos anos para colocar o clube no patamar a que chegou poder ser perdido se o clube não der os passos certos.
O treinador, o presidente e o capitão começaram por fazer um balanço da época, que foi “bastante positivo”, na opinião dos três.
“Satisfizemos tudo o que nos propusemos, continuámos a aproximar o clube e cidade”, sublinhou Jorge Reis.
José Vala salientou que “ao longo da época tivemos o sentimos que podíamos ir mais além, mas olhando para o que é a preparação da época e a realidade do clube, temos que estar satisfeitos”. O técnico realçou o jogo com o Benfica e a atitude da equipa, que foi sempre igual a desse jogo, “de jogar sempre para ganhar, de uma forma extremamente positiva”.
O capitão, Thomas Militão, não hesitou em considerar este “um dos melhores grupos que já tive no Caldas, que soube o que é ser o clube. O que fizemos não está ao alcance de qualquer equipa, por isso há que dar o valor”, acrescentou.
A época ficou, também, marcada pelas enchentes no Campo da Mata, que teve uma média superior a 2000 espectadores por jogo, o que compara com cerca de 300 em épocas não muito distantes, e, no canal 11, as audiências médias chegaram aos 300 mil teleespectadores, apontou o presidente Jorge Reis.
O apoio “galvaniza a equipa e ajuda-nos a ir buscar forças quando já não as temos”, referiu Militão.
Mas nem tudo é cor-de-rosa para o clube, que continua a debater-se com dificuldades ao nível das infra-estruturas. José Vala apontou como exemplo a semana de jogo com o Benfica, em que a equipa treinou em meio campo no sintético da Quinta da Boneca.
“Vejo clubes com muito menos massa humana que o Caldas a terem melhores infraestruturas e é isso que me deixa triste”, apontou José Vala. O técnico adiantou que já houve uma primeira conversa para continuar e está à espera da segunda, com a resposta a um plano que apresentou não só com a sua visão para o plantel da próxima temporada, nos mesmos moldes que tem sido as últimas épocas, mas também com soluções para campos onde o clube possa treinar. Um plano no qual Jorge Reis disse que a direção está a trabalhar.
A trabalhar está também a direção para definir o futuro do Caldas, que é insustentável da forma como o clube está hoje organizado. O presidente adiantou que, em breve, será lançada a discussão para que o clube se possa, no futuro, organizar numa sociedade desportiva, anónima, ou não. mas o que Jorge Reis adianta é que jogar a Liga 3 custa cerca de 400 mil euros, sem contar com salários de jogadores, e que é necessário aumentar a receita para o clube se manter viável. ■

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