Futebol: Caldas B arranca campanha na Honra de forma decidida

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O grupo do Caldas B que deu arranque oficial à nova temporada

Três golos obtidos na primeira parte deram vitória que só pecou por escassa, mas resulta na liderança.

O Caldas estreou a equipa B de seniores na Divisão de Honra distrital com uma vitória incontestável (3-0) sobre o Avelarense, vice-campeão da 1ª Divisão distrital e que foi uma das equipas que acompanhou os caldenses na subida.
Com Yordi e Marcelo Marquês a reforçarem a equipa, vindos do conjunto principal, o Caldas cedo tomou conta das operações, com os dois jogadores a mostrarem-se bem integrados num coletivo que colocou a bitola elevada com um futebol bem articulado entre setores e pelos três corredores.
A pressão alvinegra desorientou um Avelarense que mostrou, também, debilidades e nem era capaz de aproveitar o vento pelas costas. O primeiro golo surgiu ao minuto 7, da cabeça do jovem central Ulisses, na sequência de um canto.
O bom trabalho dos caldenses foi sublinhado ao minuto 34 pelo ala esquerdo Pedro Creio, a corresponder à abertura de Júlio Sousa para finalizar com um remate. E o terceiro não demorou. Regresso de Ivo Nabais aos golos, ele que regressou após longa paragem por lesão para dar dinâmica ao ataque em bom entendimento com Marcelo Marquês.
Na segunda parte, o Caldas baixou o ritmo, mas continuou com as melhores oportunidades, com destaque para o júnior Gonçalo Duarte que surgiu bem na frente.
Walter Estrela, treinador que vai para a segunda época no comando dos “bês”, ficou agradado com a vitória e, sobretudo, com o desempenho na primeira parte. “Foi uma grande primeira parte, a equipa entrou bem, percebeu o que era preciso, marcou três vezes e se calhar ficaram outras três por marcar”, declarou. Na segunda parte, houve um abaixamento “natural”. “É malta jovem e faz parte do crescimento deles perceberem que o jogo não está acabado, mas precisa de ser gerido de outra forma”, continuou. A qualidade do jogo também baixou, com o conjunto alvinegro a abusar do pontapé comprido, “o que não é o ADN desta equipa, ficámos a dever-nos um resultado mais vasto, mas era pior se não conseguíssemos criar as oportunidades”, acrescentou Walter Estrela.
Mais do que os números, a vitória era importante para começar bem uma época em que a competitividade será maior em relação à que enfrentava na 1ª Divisão. “Aqui já se encontra clubes com outro andamento”, considera Walter Estrela, pelo que a abordagem que o clube fez é, para o técnico, a mais correta.
O Caldas B tem um plantel mais curto, de modo a acolher jogadores da equipa principal. “A equipa A tem um plantel muito forte, nem todos os jogadores vão poder jogar, e a equipa B só tem lógica se tiver essas funções de rodar jogadores da A, projetar jogadores para lá, para quando forem chamados pelo mister José Vala a resposta deles seja melhor”, refere o técnico.
Nesse âmbito, Walter Estrela destaca a importância da presença no jogo de Yordi e Marcelo Marquês, pela mais-valia que adicionaram ao conjunto nesta partida, mas também à presença de jogadores como Leandro Borges, Gonçalo Barreiras e Tiago Catarino no balneário, “o que mostra que não há equipas A e B, há um Caldas que todos temos que defender”, remata.
Em termos desportivos, alcançar a manutenção é importante, mas o foco principal é o desenvolvimento dos jogadores. “Se o pudermos fazer a ganhar, é tudo mais simples”, diz o técnico, que coloca o tom na nota da exigência. “Exijo muito de mim e deles também, num clube como o Caldas não se pode mostrar agrado com qualquer coisa, é preciso procurar algo mais e é isso que passamos aos jogadores, alegria e diversão, mas com compromisso”, concluiu.

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