Futebol: Ataque do Caldas foi curto demais

Caldenses “sobreviveram” a uma primeira parte abaixo das expetativas, mas incapacidade no último terço do campo foi penalizada na segunda

O Real venceu no Campo da Mata e estendeu para seis o número de jogos do Caldas sem ganhar na Liga 3. Os alvinegros perderam dois dos três últimos desafios e, a esses, juntam-se os três empates com que encerraram um ciclo de cinco jogos a pontuar.
A derrota na tarde do passado sábado penalizou os pelicanos pela falta de eficácia diante do golo, numa partida em que ambas as equipas desfrutaram de três oportunidades flagrantes.
Na primeira parte, foi mais forte o Real, tirando partido de alguma apatia dos caldenses na reação à perda de boal e na transição defensiva. O flanco esquerdo do Real foi criando problemas ao direito do Caldas, com Moitas, Gustavo Moura e Wilson Kenidy a ganharem rapidamente protagonismo.
Rui Oliveira foi testado (4’) quando o camisola 14 lhe surgiu sozinho pela frente, mas passou com distinção. Pouco depois, o trio voltou a combinar, mas Kenidy chegou um pouco atrasado e o guardião do Caldas amarrou com segurança o cruzamento.
O Caldas passou a melhor fase do Real sem danos colaterais, mas outro problema emergiu: a finalização. Januário, servido com classe por Leandro Borges, entregou a bola a João Godinho.
Após um primeiro tempo em que o 3-4-3 não rendeu o que José Vala pretendia, o técnico mudou a estrutura ao intervalo com a entrada de Yordi e a mudança para o 3-5-2. O conjunto alvinegro ganhou equilíbrio, intensidade e capacidade para pressionar o adversário e instalou-se no meio-campo ofensivo.
Mas entre jogar no meio-campo de ataque e conseguir construir oportunidades esteve um passo ainda largo. Que só se tornou mais complicado quando, num contra-ataque, Kenidy usou o espaço entre João Silva e Rui Rodrigues para se desmarcar… e marcar.
Foi num lance fortuito (mau corte de Romário) que o Caldas teve a melhor oportunidade para empatar, mas Farinha apanhou mal a bola. Isabelinha também não conseguiu marcar após grande arrancada, já depois de Rui Oliveira suster um castigo máximo (84’). ■

A figura

Rui Oliveira (4)
Aos 4’ negou golo a Kenidy e partiu para um jogo seguro. Cometeu grande penalidade, mas defendeu-a.

André Sousa (3) Viu Wilson Kenidy fugir duas vezes com perigo no início do jogo, mas depois acertou.
Militão (3) Ultrapassou as dificuldades criadas por Gustavo Moura
Rui Rodrigues (3) Depois de uma primeira parte tranquila, perdeu noção de Kenidy no lance do golo.
Juvenal (2) Vítima do protagonismo de Moitas e Gustavo Moura.
Leandro Borges (3) Curto para segurar o jogo na primeira parte, cresceu na segunda.
Clemente (3) Como Leandro, cresceu na segunda parte.
Vieirinha (2) Sacrificado ao intervalo, teve um bom lance ofensivo.
João Silva (2) Começou na frente, acabou a lateral e deixou fugir Kenidy no lance do golo.
João Tarzan (2) Atravessa uma fase menos positiva e o ataque da equipa ressente-se.
Januário (2) Desperdiçou uma das melhores ocasiões do jogo.
R. Isabelinha (2) Bom lance já nos descontos, mas errou a pontaria.
Yordi (3) Trouxe equilíbrio e capacidade de pressionar alto.
Farinha (2) Também falhou só com Godinho pela frente.
M. Marquês (2) Passou despercebido.
P. Faustino (2) Lançado para o ataque final. ■