Pela primeira vez diante do seu público o Caldas conquistou a primeira vitória. O Nogueirense foi um adversário duro de ultrapassar, mas a qualidade defensiva dos caldenses foi determinante.
Complexo Desportivo Municipal das Caldas da Rainha
Árbitro: Diogo Vicente, AF Santarém
Assistentes: Henrique Paula e Adriano Sousa
CALDAS 1
Luís Paulo [3]; Militão [3], Rui Almeida (C) [3] e Flávio Passos [3]; Juvenal [3], Paulo Inácio [3], Simões [3], Leandro [3] (Marcelo 88’ [1]) e Farinha [3]; Januário [3] (David Silva [2] 77’) e Rafael Silveira [3] (Ricardo Isabelinha [2] 61’)
Não utilizados: Francisco Silva, Tomás Meneses, Bernardo Rodrigues, Iuri Gomes
Treinador: José Vala
NOGUEIRENSE 0
Luís Pedro; Tony Silva (Bernardo 73’), Kaique, Luís Henrique e Milhazes; Zito (Miguel Ângelo 60’) e Octávio; Neri (Romeu 81’), Mário Jorge (C) e Tomás Cardoso; Ouattara
Não utilizados: Pedro Dias, Jota, Lionel, Nuno Silva
Treinador: João Pires
Ao intervalo 1-0
Marcadores: Rafael Silveira (11’)
Disciplina: amarelo a Rafael Silveira (40’), Rui Almeida (56’), Octávio (80’), Mário Jorge (81’), Farinha (90’+1)
Com as bancadas do campo de rugby do Complexo Desportivo Municipal muito bem compostas de público, com cerca de 1250 pessoas, o Caldas começou bem e teve o que faltou nos dois primeiros jogos do campeonato: eficácia.
Na primeira grande oportunidade de golo, marcou. O lance até começa do outro lado do campo com Mário Jorge num ataque perigoso, travado por Simões. Ao fim de quatro passes e um remate a bola estava dentro da baliza do Nogueirense, com Paulo Inácio, Leandro, Farinha e Rafael Silveira na jogada. O avançado brasileiro, no limite do fora-de-jogo, estreou-se a marcar pelo Caldas.
O jogo tinha começado dividido na zona de meio campo e assim continuou. Mas com o vento a soprar pelas costas o Nogueirense tinha uma ligeira vantagem na aproximação à baliza adversária, ainda que consentida pelo Caldas após o golo.
Mário Jorge e Ouattara eram os jogadores mais influentes no conjunto do distrito de Coimbra e levavam o perigo à baliza do Caldas aos minutos 18 e 23. O primeiro com um centro chegado à baliza que saiu pela linha de fundo sem desvios. No segundo, o avançado costa marfinense viu Luís Paulo sair-lhe rápido aos pés para resolver o lance.
O Caldas respondeu num canto, cobrado à esquerda pelo estreante Flávio Passos. A bola sobrou ao segundo poste para o remate sem preparação de Leandro, a bola bateu na barra e fez o público gritar golo. Ficou a dúvida se terá batido dentro da baliza ou em cima da linha de golo. Ao minuto 26, esta foi a derradeira oportunidade flagrante de golo de uma primeira parte que seguiu com duelos intensos a meio campo, muitas faltas e um domínio territorial do Nogueirense sem consequências face ao acerto defensivo alvinegro.
Sem alterações nas equipas para a segunda parte, o Caldas continuou a apostar no rigor com que defendia o seu meio campo e nas transições rápidas para o ataque.
O Nogueirense carregava e teve nos minutos iniciais um remate de Mário Jorge que assustou Luís Paulo. A bola rasou a barra e ainda fez mexer a rede.
O lance foi, contudo, uma excepção até aos 10 minutos finais. Até lá seria o Caldas, com descidas muito bem direccionadas, a criar perigo. Denominador comum era a presença de Farinha, ora solicitado para as costas da defesa, ora com arranques individuais. Faltou afinar, nalguns, o último passe, noutros a própria finalização. Destaque ao minuto 65 para Januário, que parecia ter tudo para marcar mas viu a bola sair ligeiramente ao lado.
Mas se passou incólume grande parte do segundo tempo, o Caldas esteve quase a ver o filme de Oleiros em replay. Já nos descontos, Juvenal teve que “salvar” com corte arrojado uma bola que deixava Romeu em posição para marcar. E no canto que se seguiu o avançado acertou na barra.
MELHOR DO CALDAS
FARINHA 3
Depois do golo em Oleiros, uma assistência para o tento solitário da primeira vitória do Caldas. Foi o jogador mais perigoso da manobra ofensiva do Caldas, embora nem sempre tenha decidido bem, ofereceu o segundo a Januário, já na segunda parte, e viu Luís Pedro negar-lhe também o golo.
FLÁVIO PASSOS, JOGADOR DO CALDAS
MELHOR ESTREIA POSSÍVEL
Fizemos bons primeiros 25 minutos, tivemos mais bola do que eles, que tiveram que reagir ao nosso golo. Na segunda parte tentámos jogar, mas eles estavam a pressionar, têm uma boa equipa. Tivemos que nos agarrar às nossas armas, fizemos um jogo esforçado e tivemos a felicidade no último lance do jogo que não tivemos em Oleiros. Obrigado a toda a ‘malta’ que esteva aqui a ver o jogo. A integração foi muito fácil, sabia para onde vinha, conhecia muita gente estou muito contente de estar aqui e foi a melhor estreia que podia ter.
JOSÉ VALA, TREINADOR DO CALDAS
NÃO SE PODE JOGAR SEMPRE BEM
Talvez no jogo em que tivemos menos qualidade somamos três pontos. Entrámos bem, depois o adversário cresceu com mérito. Na segunda parte a estratégia foi aproveitar o vento, aceitar o domínio do adversário, podíamos ter resolvido o jogo mas uma vantagem maior seria injusta para o Nogueirense. Prefiro ter qualidade e ganhar, mas não vai ser sempre possível e temos que saber fazer o que fizemos aqui. Espero que estes ambientes se mantenham, já mostrámos que o clube está vivo e esperamos conseguir fazer com que isto se mantenha.
JOÃO PIRES, TREINADOR DO NOGUEIRENSE
FOMOS A MELHOR EQUIPA
O Caldas entrou melhor, demorámos a acertar as marcações e a saída de bola do Caldas. Depois conseguimos anular isso, assumimos o jogo e penso que fomos a melhor equipa a partir daí. Tenho dúvidas quanto à legalidade do golo. Na segunda parte tentámos tudo mas não conseguimos a finalização.































