Décima edição do Footmania terminou no domingo, com as finais no Campo da Mata
A festa do futebol regressou às Caldas entre 25 de junho e 6 de julho, com a décima edição do Footmania, o torneio internacional de futebol juvenil que reuniu mais de 3200 atletas de 184 equipas de 70 clubes.
A competição organizou-se em três períodos, com os sub11 aos sub13 a serem os primeiros a entrarem em campo. No segundo período estreou-se o escalão dos traquinas sub9 e também os benjamins sub10. Também nesse período jogaram os dois escalões femininos (sub15 e sub17). Neste último fim de semana entraram em campo os escalões entre os sub14 e sub17.
O torneio disputou-se em vários campos, como o estádio Dr. José Luís de Melo Silveira Botelho, o Campo Luís Duarte, o campo do Nadadouro e o Complexo Municipal de Óbidos, bem como a Quinta da Boneca e o Campo da Mata, onde decorreram as finais.
De França vieram este ano sete equipas, do Luxemburgo quatro, do Brasil três e de Inglaterra duas. Da região houve vários participantes, com destaque para o GDC A-dos-Francos, que venceu em sub15 feminino, com Ana Gomes a ser considerada a melhor jogadora e a melhor marcadora e com Alice Passos a vencer o prémio de melhor guarda-redes. Já nos sub17 femininos, a equipa caldense venceu o prémio fairplay e teve a melhor jogadora, que foi Maria Simão.
Lourenço Vicente, da A. Beneditense C.D., foi o melhor guarda-redes em sub10. O SC Lourinhanense ficou em segundo em sub11, com Rodrigo Mateus a ser o melhor jogador e o Núcleo Sportinguista de Rio Maior venceu no escalão de sub17.
O Amora FC foi o grande vencedor deste ano, com a conquista de três primeiros lugares, nos sub9, sub11 e sub15.
O mapa da Cidade do Footmania incluía os vários estabelecimentos hoteleiros, mas também os campos desportivos e o Foot Center, na Expoeste, que por estes dias se transforma num restaurante com 1500 lugares e também com zonas de recreio e lazer (como campos de futvólei e outros jogos técnicos, assim como as mesas de matraquilhos e as setas, dinamizadas pelo Clube de Setas das Caldas da Rainha), lavandaria, fisioterapia e toda a gestão do secretariado. Aí encontramos ainda um mural de cachecóis de clubes. O mapa apresentava também as duas linhas de autocarros que garantiam os transportes, a laranja, até à Foz, e a azul, até Óbidos.
A 11ª edição está confirmada nas Caldas, de 24 de junho e 5 de julho. Uma novidade será a primeira edição do Footmania Summer Camp 2026, que arranca logo no final do torneio, no dia 6 de julho.
Outra novidade, revelada por Sabino Correia, vice-presidente da Associação Regional de Futebol de Santiago Norte: a pretensão de organizar um Footmania em Cabo Verde. Este responsável esteve nas Caldas durante o torneio para viver a experiência do torneio e conhecer a parte organizativa. Daquele país vieram ainda três árbitros.
Vítor Mesquita, da Associação para o Desenvolvimento do Desporto e da Educação (ADDE) estava feliz com a realização deste torneio e, em particular, com o grau de satisfação dos participantes.
Apesar de a organização se pautar, ano após ano, pela forte tentativa de transmissão de valores importantes, como o convívio, a participação, a ética e o respeito, voltaram a registar-se algumas situações menos próprias, em particular vindas de fora das quatro linhas.
“Tivemos menos situações no decorrer do torneio, mas tivemos uma com um aspeto mais grave em termos de comportamento dos familiares”, apontou o responsável, notando que “embora o torneio apele ao fairplay e à não violência no desporto, é uma festa de pessoas de diferentes regiões que se unem pelo desporto e é isso que deve prevalecer e não pequenas quezílias e distúrbios de emoção”.
Vítor Mesquita frisa que este tipo de atos “têm que ser banidos do desporto” e realça que o torneio faz “um investimento muito grande em segurança e socorro, mas não podemos impedir que algo possa acontecer, tentamos prever e antecipar”.
Por outro lado, foram também notórios atos merecedores de cartões brancos, de verdadeiro desportivismo ao longo dos 12 dias. “Tivemos 12 dias consecutivos de torneio e de ocupação hoteleira, bem como da Expoeste e dos espaços desportivos”, faz notar o responsável pela organização, que tem uma equipa que trabalha o ano inteiro no evento para o qual é necessária uma estrutura de cerca de 300 pessoas durante estes dias.
O objetivo é que as equipas participantes apenas tenham que pensar em futebol.
Transporte, alojamento, alimentação, questões relativas aos jogos, campos e árbitros, etc., tudo é tratado pela organização.

































