Empate no campo do Nogueirense coloca o Caldas a pontuar em quatro dos últimos cinco jogos, performance que já vale um terço do total de pontos conquistados. Ednilson estreou-se a marcar.
O empate em Nogueira do Cravo foi o quarto jogo a pontuar para o Caldas nos últimos cinco jogos, sendo que a série foi tangencial, com o Torreense. À parte do início da época, em que conseguiu pontos em cinco das seis primeiras jornadas, é a melhor série do Caldas, em resultados e pontos amealhados, um total de oito, o que representa um terço dos pontos conquistados pelo clube alvinegro na prova.
Mas não se trata apenas dos pontos, o Caldas está a atravessar uma fase em que a consistência do seu jogo está, de facto, espelhada na obtenção dos pontos. E é isso que traduz também este empate.
José Vala foi novamente obrigado a fazer várias alterações na equipa, face às lesões de André Santos e Passos, e ao castigo de Farinha, que atingiu o quinto amarelo. Cascão e Juvenal ocuparam as faixas laterais da defesa, já a vaga de meio campo abriu espaço à titularidade de Ednilson, com Leandro a fixar-se no meio para o regresso do desenho táctico em 4-2-3-1.
O Caldas começou bem o jogo e logo ao quarto minuto Hugo Neto obrigou Carmelo a uma grande defesa. O extremo recebeu na área depois de um bom trabalho de Rafael Silveira e atirou em rotação, mas o guardião leu bem o lance.
Foi a melhor ocasião de um período inicial em que os pelicanos conseguiram instalar-se mais no meio campo de ataque.
Depois o Nogueirense equilibrou as forças, passando o jogo a figurar uma intensa disputa na zona de meio campo, com pouca aproximação às balizas.
Nessa condição, o Nogueirense conseguiu duas aproximações perigosas. Nwani quase marcou num canto, mas não conseguiu direcionar a emenda ao segundo poste. Bem mais feliz foi à passagem da meia hora. Rasgo de Tony Silva pela direita, centro tenso para Nwani desviar para o fundo da malha.
Face às poucas oportunidades, no aproveitar estava o ganho, mas o Caldas respondeu na mesma moeda, já nos descontos. Novamente Rafael Silveira a trabalhar, agora descaído sobre a esquerda, e a encontrar a entrada de Ednilson ao segundo poste, este só teve que encostar. O avançado brasileiro reforço, assim, a sua influência no bom momento da equipa, juntando cinco golos e duas assistências nestes últimos cinco jogos.
O golo chegava na “hora H”, impedindo que o Caldas fosse para o intervalo em desvantagem.
Na segunda parte o jogo continuou fortemente marcado pelos duelos a meio campo, com as duas equipas bem fechadas sem posse e não arriscando grande coisa em posse. Os alvinegros chegaram duas vezes com perigo em lances de bola parada.
Já o Nogueirense com mais bola, não conseguiu muito melhor do que o Caldas, mas aos 84’ quase chegou ao golo. O que seria uma dose de sorte de Luís Henrique, transformou-se no momento do jogo. O central bateu um livre frontal com muita força, a bola ia bastante desenquadrada com a baliza, mas no caminho acertou em Paulo Inácio, e ia mesmo para o ângulo, não tivesse Luís Paulo feito uma das melhores defesas do ano.
MELHOR DO CALDAS
Luís Paulo 3
Seria justo destacar o papel fulcral de Paulo Inácio na estabilidade defensiva, a influência de Simões na gestão dos tempos de jogo do Caldas, ou a entrega de Rafael Silveira a uma luta solitária na frente. Mas a defesa “do outro mundo” de Luís Paulo foi o clímax do jogo e foi o último factor decisivo na conquista deste ponto.
JUVENAL, JOGADOR DO CALDAS
Ponto positivo
Esta foi, para mim, a melhor equipa que defrontámos até agora, conseguimos ganhar nas Caldas sem ser superiores, e neste jogo não levamos os três pontos, mas fizemos o que outra equipa dificilmente fará. É um ponto positivo e é importante amealhar o máximo, sobretudo fora. Agora temos um jogo contra um dos primeiros, na nossa casa, e temos que conquistar os três pontos. Já me vou habituando a ter a época interrompida com lesões, mas continuo aqui firme e acho que regressei num bom nível e pronto para o que aí vem
JOSÉ VALA, TREINADOR DO CALDAS
Aceita-se o empate
Jogar neste campo tem sido difícil para todos, o Nogueirense tem muita garra e qualidade. Nós começamos muito bem o jogo, depois sofremos o golo. Os jogadores ficaram um pouco desorientados, mas houve muito mérito do adversário na jogada. Depois tivemos a sorte de fazer o golo antes do intervalo. Na segunda parte entrámos bem, a dividir o jogo, não houve oportunidades de parte a parte, por isso aceita-se o resultado. Tenho a certeza que a segunda volta vai ser melhor que a primeira, já estamos a conseguir que a qualidade de jogo seja mais consistente desde o jogo com o Mação, agora vamos à procura de pontos.
JOÃO PIRES, TREINADOR DO NOGUEIRENSE
Entrámos melhor
A divisão de pontos reflecte um jogo nem sempre bem jogado. O Nogueirense entrou melhor, esteve sempre por cima até chegar à vantagem, depois num erro o Caldas marcou. Na segunda parte o Caldas não quis ganhar, baixou as linhas, procurou baixar o ritmo de jogo e bem posicionado matou as nossas transições. Não houve oportunidades de golo e foi uma segunda parte penalizadora para nós.































