Entrada com o “pé-esquerdo”

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Equipa do Caldas que iniciou o campeonato |Joel Ribeiro

Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Quitério Almeida, Assistentes; Ricardo Oliveira e Renato Pereira, AF Lisboa.

CALDAS                            1
Luís Paulo [2]; Juvenal [2], Militão [2], Rui Almeida [2] (C) e Clemente [3]; Paulo Inácio [2] (Marcelo [3] 62’) e André Santos [3]; Farinha [2] (Cruz [3] 62’), João Tarzan [3] e Januário [2] (Felipe Ryan [2] 53’); Pedro Emanuel [2]
Não utilizados: Natalino, Cascão, Simões, Araújo
Treinador: José Vala

CORUCHENSE                2
Valério; Rui Martins, Simiano (C), Branco e Calarana; Mauro, Batista (Bandeira 62’) e Ricardo Henriques; Joel (Ricky 76’), Caniço (Serle 87’) e Rui Bento
Não utilizados: Rubin, Fred, Botelho, Carvalho
Treinador: André Luís
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Caniço (9’ e 49’), João Tarzan (82’)
Disciplina: amarelo a Valério (32’), Farinha (47’), Juvenal (55’ e 90’+1), Batista (60’), Rui Bento (82’), Rui Almeida (90’+2), Ricardo Henriques (90’+5) e Branco (90’+5). Vermelho por acumulação a Juvenal (90’+1)

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O Caldas não se tem dado bem quando começa o campeonato em casa. Nas últimas quatro vezes que a prova começou na Mata o pelicano não tinha conseguido vencer e ampliou a série para cinco, com a derrota frente ao Coruchense.
A última temporada que o Caldas começou em casa com uma vitória já tem mais de 10 anos, foi em 2006/7, com um 2-0 frente ao Bombarralense. O “enguiço” começou na época 2010/11, com uma recepção ao Oeiras que acabou empatada a um golo. Desde então os alvinegros já tinham começado a prova mais três vezes no seu reduto, duas vezes com derrotas, contra Sp. Pombal e Alcanenense, e outra com novo empate, diante do Eléctrico. Quis a sorte que a estreia na presente época fosse na Mata e o “enguiço” manteve-se. Apesar de dominar todos os aspectos do jogo, o Caldas perdeu com o estreante Coruchense.
Não é fácil explicar o que correu mal ao jogo dos caldenses, embora seja fácil perceber que houve claro défice tanto no aproveitamento ofensivo, como na eficácia defensiva.
Começando por partes, o início da explicação do mau resultado assenta na forma como os golos foram sofridos, ambos na fase inicial de cada uma das partes. Ainda antes do minuto 10 o Coruchense tomou a dianteira e nem precisou de criar a oportunidade. Um pontapé de baliza que não saiu bem a Luís Paulo apanhou Caniço melhor colocado que o meio-campo e a defesa do Caldas, o avançado atirou certeiro para o golo de abertura.
Já na segunda parte, foi a vez de Juvenal ser surpreendido em zona proibida pela pressão de Ricardo Henriques, que depois ofereceu o bis a Caniço enquanto este se soltava entre os centrais do Caldas, no limite do fora-de-jogo. Três remates, dois à baliza e um golo em cada parte foi “tudo” o que os visitantes precisaram de fazer em termos ofensivos.
Já o Caldas precisou de muito mais para conseguir menos. Não foi só na extrema defesa que o pelicano claudicou. O Caldas foi pouco esclarecido com a bola no pé a fase de maior aperto na primeira parte, no quarto de hora final, surgiu graças à capacidade de recuperar a bola em zonas muito adiantadas do terreno, o que permitiu encurtar linhas, no entanto a finalização deixou muito a desejar.
Na segunda parte as entradas de Marcelo, Cruz e Felipe Ryan contribuíram para um jogo mais vertical e objectivo, mas apenas num dos sete remates enquadrados os alvinegros conseguiram tirar a bola do alcance de Valério, claramente o homem do jogo.

Melhor do Caldas

MARCELO    3
A entrada do camisola 19 teve uma influência muito positiva na equipa. Veio empurrar as linhas para a frente e deu capacidade à equipa para ganhar a bola mais cedo. Foi também quem deu o mote para que o Caldas começasse a rematar com insistência.

Luís Paulo, jogador do Caldas

Não conseguimos finalizar

Um pontapé de baliza que não saiu para onde eu queria veio dar golo na minha baliza. Reagimos bem, criámos muitas oportunidades mas não conseguimos finalizar, porque o volume era suficiente para sairmos com 5 ou 6-2. É ingrato este resultado. Fartámo-nos de trabalhar, o Coruchense fez um jogo inteligente e ficou mais confiante com os golos. Não estava nos nossos planos esta derrota, não a podemos reparar, mas vamos tentar ganhar já no próximo jogo. Vai ser uma época com muita ambição, este formato é mais exigente, mas também mais justo e vamos estar na luta para estar entre os 10 primeiros.
José Vala, treinador do Caldas

Houve demérito nosso

Tínhamos elevadas expectativas para o início da época, foi um jogo em que o adversário teve mérito mas também houve demérito nosso. Tivemos muitas chances para finalizar e demonstrámos falta de eficácia. E tivemos um adversário com qualidade, bem organizado e forte nas transições. Temos que ser mais intensos na disputa da bola e em determinados momentos não fomos, temos que corrigir.

André Luís, treinador do Coruchense

A sorte do jogo

O mais importante era ter um resultado positivo, foi a estreia de muitos dos nossos jogadores nesta divisão, mas ganhámos muitos jogos na época passada e queríamos continuar. Não vou esconder que tivemos a sorte do jogo, mas foi importante para nós este resultado contra uma equipa com muita qualidade.

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